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Dorival e Mancini negociam com o Santos. Quem aceitar 'pacote' fecha

Rubens Cavalari/Folhapress
Imagem: Rubens Cavalari/Folhapress

Samir Carvalho

Do UOL, em Santos (SP)

07/03/2015 06h00

A diretoria do Santos deve fechar com Dorival Júnior ou Vagner Mancini para a vaga de Enderson Moreira, que foi demitido na última quinta-feira após entrar em rota de colisão com integrantes do elenco e da diretoria alvinegra. O UOL Esporte apurou que o treinador que aceitar o “pacote” financeiro do clube assinará contrato. Abel Braga corre por fora devido o alto salário.

O Santos impõe sua política nas negociações. Os treinadores, inclusive, já sabem que o clube ofereceu um “pacote” de R$ 200 mil de salário. O valor inclui o pagamento dos auxiliares dos técnicos. Caso queira treinar a equipe santista, o pretendente ao cargo terá que dividir o montante com seus profissionais de confiança.

Aliás, a comissão técnica é único motivo que impediu que o acordo entre Santos e Dorival fosse fechado no fim da tarde desta sexta-feira. O treinador, que comandou a melhor “geração Neymar” do clube, quer trazer três profissionais, entre eles, seu filho, Lucas Silvestre, e mais um auxiliar e um preparador físico.

O Santos não aceita principalmente o preparador físico, pois já está satisfeito com Carlito Macedo, que ocupa a função no clube.

Vagner Mancini, por sua vez, já aceitou trazer apenas um profissional, o que facilita o acordo. No entanto, os dirigentes santistas priorizam a contratação de Dorival, mas Mancini pode ficar com o cargo caso o concorrente não abra mão de trazer três profissionais.

Abrel Braga agrada bastante a cúpula santista, mas está um pouco mais distante de um acerto por causa dos valores. O ex-técnico do Internacional quer receber R$ 400 mil. Somente para Abelão, a diretoria alvinegra estaria disposta a aumentar o “pacote” para R$ 250 mil.

Há quem acredite na Vila Belmiro que até R$ 300 mil, os dirigentes santistas aceitariam pagar para o comandante, que já declarou ser torcedor do Santos.

O Santos quer manter a folha salarial do departamento de futebol, que custa R$ 3 milhões por mês – incluindo os direitos de imagem – e, por isso, faz força para manter o mesmo gasto que tinha com Enderson Moreira. O treinador demitido recebia R$ 180 mil mensais.