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Inter fechou 2014 com déficit de R$ 49 mi e pode demitir funcionários

Custo de operação do Beira-Rio já foi reduzido para tentar reduzir dívida do Inter - Divulgação Inter
Custo de operação do Beira-Rio já foi reduzido para tentar reduzir dívida do Inter Imagem: Divulgação Inter

Jeremias Wernek

Do UOL, em Porto Alegre

14/03/2015 14h24

O balancete financeiro do Internacional, relativo ao ano passado, já está pronto e indica uma dura realidade: déficit de R$ 49 milhões. A quantia força o Colorado a recalcular seus gastos e receitas em curto e médio prazo e deixa uma porta aberta até para medidas mais drásticas. Como redução do quadro de funcionários e enxugamento de investimento no futebol. Oficialmente o balanço será apresentado no início do próximo mês, em reunião no conselho deliberativo.

O déficit vermelho já era esperado desde dezembro, mas dependia da auditoria concluída nesta semana. A eleição presidencial, que reconduziu Vitorio Piffero ao poder ocupando a cadeira que foi de Giovanni Luigi por quatro anos, também influenciou no caso. À época, a especulação elevou os números aos R$ 58 milhões.

Agora o plano do Internacional é cortar R$ 20 milhões dos gastos até dezembro. E na lista de possibilidades para corte, o departamento de futebol é o último. Todas as outras áreas do clube será afetadas primeiro.

Em dezembro, durante a campanha presidencial, Piffero chegou a declarar que poderia bancar uma folha salarial do futebol de R$ 15 milhões. Mediante orçamento geral de R$ 300 milhões. Atualmente, os gastos mensais no vestiário giram perto dos R$ 12 milhões. E no começo do ano, o clube contratou sete reforços. Réver e Nilton os mais caros.

Uma das medidas já em andamento para reduzir os custos no Inter está na operação do Beira-Rio. De acordo com a gestão, antes o estádio demandava cerca de R$ 350 mil por partida. Agora, com funcionários dobrando funções e novas escalas e divisões, a cifra caiu em R$ 200 mil.

A explicação para o déficit também está na quebra de uma tradição do Internacional nos últimos anos. Clube formador e vendedor, o Colorado usou a saída de jovens das suas categorias de base para dar um salto. Mas em 2014 vendeu apenas Otávio, ao Porto, e tinha somente metade dos direitos do meia-atacante. A estagnação nesta política põe o trio Aránguiz, Eduardo Sasha e Valdívia como os primeiros da lista a serem negociados na próxima janela de transferências.