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R. Caetano completa 100 dias de Fla e alimenta sonho de contar com Montillo

Rodrigo Caetano completa 100 dias de trabalho no Flamengo e esbanja otimismo - Gilvan de Souza/ Flamengo
Rodrigo Caetano completa 100 dias de trabalho no Flamengo e esbanja otimismo Imagem: Gilvan de Souza/ Flamengo

Vinicius Castro

Do UOL, no Rio de Janeiro

17/03/2015 12h10

Rodrigo Caetano completa 100 dias de Flamengo nesta terça-feira (17). O diretor executivo de futebol teve rápida adaptação ao Rubro-negro depois de deixar o rival Vasco. Na Gávea, ele se transformou em uma espécie de braço direito do técnico Vanderlei Luxemburgo e participou da bem sucedida contratação do atacante Marcelo Cirino.

Em entrevista ao UOL Esporte, o executivo elogiou a administração Bandeira de Mello, projetou um trabalho longo no Flamengo e alimentou o sonho de contar com o argentino Montillo.

“Discutimos muito o caso do Montillo. Se ele não vier até 31 de março, só será possível em julho. É uma situação clara no Flamengo. Não vamos trazer jogador para ser mais um no elenco. O Montillo já interessou e interessa”, afirmou.

Confira a íntegra da entrevista:

UOL Esporte: Você passou por Grêmio, Fluminense e Vasco antes de chegar ao Flamengo. Qual a diferença do trabalho na Gávea?
Rodrigo Caetano: Prefiro não comparar grandes clubes. O que observo no Flamengo é a torcida numerosa e a repercussão muito maior. A responsabilidade aumenta por causa disso. Ser o elo entre diretoria e futebol talvez seja o maior desafio. Preciso fazer o departamento funcionar da melhor forma possível. A cobrança é proporcional. Isso é um aspecto até positivo, pois mostra que fiz coisas boas anteriormente. É algo que todo profissional carrega. Espero ter tempo suficiente para cumprir os objetivos e ainda um longo período de trabalho no Flamengo.

UOL Esporte: O clube trabalha com uma política financeira reconhecidamente restrita. O que seria uma temporada positiva ao término de 2015?
Rodrigo Caetano: O desejo de conquistar títulos existe. O Flamengo terá uma boa temporada se brigar pelas primeiras posições em todas as competições. Temos a obrigação de disputar o título do Campeonato Carioca. Chegar bem na Copa do Brasil e no Campeonato Brasileiro seria mostrar ao torcedor que o caminho está certo. Se conquistarmos uma vaga na Libertadores, poderemos ter uma temporada muito boa. Sabemos que esse ano ainda exige contenção de gastos para que tenhamos um pouco mais de ousadia nas próximas temporadas. Espero que seja uma travessia tranquila.

UOL Esporte: O Flamengo está à frente dos rivais cariocas no que envolve a reestruturação financeira?
Rodrigo Caetano: Já é uma filosofia definida. O maior desafio agora é a manutenção dos pés no chão. O Flamengo discursa isso. Não existe credibilidade sem o equilíbrio nas finanças. A nossa ideia é manter os salários em dia para que o jogador tenha as melhores condições para trabalhar. O mercado vai enxergar o Flamengo da melhor forma possível com a sequência do projeto.

UOL Esporte: A cobrança pela chegada de um camisa 10 talvez seja a principal nos seus 100 dias no Flamengo. O nome falado é o do argentino Montillo. Ele vai jogar na Gávea?
Rodrigo Caetano: Temos um elenco versátil. Isso é muito difícil em um grande clube. Todos os nossos jogadores atuam em mais de uma função. Chegamos ao momento no qual as contratações chegam apenas para agregar qualidade. O desejo pelo número 10 faz parte da torcida. Tentamos alguns nomes e estávamos certos nas escolhas. Todos estão se destacando. Discutimos muito o caso do Montillo. Se ele não vier até 31 de março, só será possível em julho. É uma situação clara no Flamengo. Não vamos trazer jogador para ser mais um no elenco. O Montillo já interessou e interessa. Se for possível, o Flamengo vai trazê-lo. Queremos isso. É o tipo de jogador capaz de superar as nossas expectativas.

UOL Esporte: A contratação do Marcelo Cirino foi o principal acontecimento desde que chegou ao clube?
Rodrigo Caetano: Foi uma contratação emblemática. Demos um grande passo para identificar o que precisávamos. Todos os que chegaram dentro das características deram resultados. O Marcelo virou artilheiro, destaque e espero que aconteça o mesmo com os outros. Acreditamos bastante na filosofia de trabalho.

UOL Esporte: A filosofia passa pelo entendimento com o técnico Vanderlei Luxemburgo. Você se considera o braço direito dele?
Rodrigo Caetano: A confiança é reciproca desde que trabalhamos juntos no Fluminense. Ele entende as minhas funções. Tenho respeito e admiração pelo profissional. O Vanderlei tem muito conhecimento de futebol. Obrigatoriamente temos que envolvê-lo nas discussões. Ele só contribui. Espero que a parceria sempre caminhe bem.

UOL Esporte: Você completa 100 dias de trabalho no Flamengo justamente na semana de um clássico contra o Vasco. Como isso funciona depois de duas passagens por São Januário?
Rodrigo Caetano: O respeito existe entre as partes. Recebo carinho dos vascaínos até hoje, mas tenho um enorme reconhecimento e respeito ao Flamengo, que me deu uma oportunidade de ouro para trabalhar. Exige um comprometimento acima da média. Sabemos que semana de clássico é diferente. É o jogo no qual se mede forças para encaminhar conquistas.