Atlético-MG tem médias acima do futebol brasileiro jogando no Mineirão
O Mineirão deve receber as duas próximas partidas do Atlético-MG pela Copa Libertadores. Se a partida contra o Colo-Colo já está marcada para o Gigante da Pampulha, o lado financeiro e a necessidade em ter mais torcedores no estádio fazem o clube pensar em abrir mão do Independência e jogar mais vezes no Mineirão. As médias do Atlético nas vezes que mandou jogos por lá justificam a escolha.
Desde a reinauguração do estádio, em fevereiro de 2013, o Atlético atuou 12 vezes por lá. No entanto, em apenas cinco oportunidades o clube alvinegro era o mandante. Os outros sete confrontos foram com mando do Cruzeiro. Além de ter um retrospecto bom, com sete vitórias, dois empates, três derrotas e quatro títulos, o Atlético também tem médias de público e renda muito acima do que se vê no futebol brasileiro.
Nas cinco partidas que optou ou era obrigado a jogar no Mineirão, contra Villa Nova, Olímpia, Lanús, Corinthians e Flamengo, o Atlético teve uma arrecadação total de $ 27,6 milhões com pouco mais de 230 mil pagantes. Isso dá uma média de 46 mil ingressos vendidos a cada compromisso e renda de R$ 5,52 milhões.
No último Campeonato Brasileiro, por exemplo, os números de Cruzeiro e Corinthians não chegam nem perto. Campeão e time que mais levou torcedores, o Cruzeiro teve uma média de 29.678 pagantes durante a competição. Já o Corinthians foi o time que mais faturou, por causa do estádio próprio. Mas a média por jogo foi de R$ 1,8 milhão, portanto, três vezes menos do que os números do Atlético no Mineirão.
A final da Libertadores contra o Olímpia contribui e muito para que o Atlético tenha números tão elevados, especialmente no quesito renda. A decisão do torneio continental em 2013 teve arrecadação superior a R$ 14 milhões, recorde nacional se tratado de duelo entre clubes. Por isso a diretoria do Atlético adotou a partir desta temporada a estratégia de usar o Mineirão somente em jogos de grande apelo. Inclusive, o orçamento financeiro deste ano aprovado pelo conselho deliberativo, em novembro do ano passado, constava a previsão da realização de pelo menos dez partidas no Gigante da Pampulha.
Enquanto a definição não acontece, o que deve ficar para a próxima semana, já que o Atlético tem até o dia 30 de março para informar o local da partida, o técnico Levir Culpi conta com o apoio dos torcedores. Seja no Independência ou no Mineirão, o treinador alvinegro espera a torcida bem mais participativa no duelo com o Santa Fe, dia 9 de abril.
“A vitória melhorou muito as nossas possibilidades dentro da Libertadores. Agora, em casa, vocês podem imaginar o que a torcida do Atlético vai fazer. Vamos fazer juntos. Espero que o time tenha o mesmo espírito dentro de casa”, disse Levir, depois do importante triunfo na Colômbia.
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