Botafogo perde dinheiro com "polêmica da grama sintética" em campo da sede
Um antigo problema tem gerado novos problemas para o Botafogo. O ex-presidente Maurício Assumpção deixou o clube por baixo após acumular problemas em sua última gestão. Uma de suas medidas ainda afetam o clube. A grama do campo da sede de General Severiano foi arrancado e trocado por um sintético, o que gerou revolta no clube. Mais que revolta, a medida fez o Alvinegro perder dinheiro.
Isso porque o presidente do Botafogo, Carlos Eduardo Pereira, sempre foi contra a instalação do campo artificial e vai vender a grama sintética e recolocar uma natural. “Vamos arrancar o sintético e colocar o natural novamente lá. Aquilo é um absurdo. Não podiam ter destruído o campo. Pelo contrário. A equipe titular voltará a treinar lá alguns dias quando a situação estiver ideal. E tenho sonho de ver a base jogar lá”, disse Carlos Eduardo ao UOL Esporte.
Para arrancar a grama natural e colocar a sintética, o Botafogo gastou cerca de R$ 700 mil. A verba, evidentemente, não será recuperada com a venda do material usado. A previsão é que o Alvinegro consiga no máximo R$ 150 mil com o tapete verde. O prejuízo é ainda maior. O clube tenta parceria com uma empresa para colocar a grama natural. O preço ainda não está definido, mas tem como objetivo economizar, já que será instalada em General Severiano e também no Caio Martins.
A decisão do ex-presidente Maurício Assumpção de trocar o gramado de General Severiano não foi dividida com o conselho deliberativo, que se mostrou dividido quanto ao assunto mais tarde. O mais revoltado com a situação foi Carlos Eduardo Pereira, principal oposição na época e que se tornaria presidente do Botafogo meses mais tarde. Na oportunidade, ele entrou na Justiça para impedir a obra, mas teve pedido negado.
Assim, Assumpção deu sequência à troca e instalou o campo de grama sintética. Isso se deu porque o ex-presidente tentou de todas as formas deixar o gramado da sede com boa qualidade, o que jamais aconteceu. Inutilizado pelos profissionais pelas péssimas condições, a antiga diretoria viu no campo artificial uma oportunidade de trazer novamente o time para a sede, além de ganhar dinheiro com aluguel para ‘peladas’.
Evidentemente, com a volta do gramado natural, o campo de General Severiano não haverá mais a opção de qualquer pessoa alugar para jogar um futebol com os amigos. Essa questão, inclusive, jamais seria possível na gestão de Carlos Eduardo Pereira nem que o gramado sintético permanecesse na sede. O principal objetivo é tornar o local novamente apto a receber o elenco profissional e jogos das categorias de base.
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