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Perto de fazer 50 jogos pelo Atlético-MG, Carlos convive com jejum de gols

Carlos tem feito bem a parte tática no Atlético-MG, apesar da falta de gols - Bruno Cantini/Clube Atlético Mineiro
Carlos tem feito bem a parte tática no Atlético-MG, apesar da falta de gols Imagem: Bruno Cantini/Clube Atlético Mineiro

Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

23/03/2015 16h43

O primeiro jogo profissional de Carlos foi em 2013, ainda quando Cuca era o técnico do Atlético-MG. Depois de receber algumas oportunidades com Paulo Autuori, o atacante conseguiu se firmar foi com Levir Culpi. O bom começo e os dois gols no clássico com o Cruzeiro foram determinantes para a adaptação do jogador no time titular.

No entanto, os gols já não são tão frequentes e Carlos vive um jejum de nove partidas. A última vez que o atacante balançou as redes foi no amistoso contra o Shakhtar Donetsk, no final de janeiro. Desde então ele atuou oito vezes pelo Campeonato Mineiro e outra pela Copa Libertadores. E isso tem se tornado assunto nas entrevistas, tanto do jogador quanto de Levir Culpi.

“Eu sempre estou preocupado com o número de todos, mas o Carlos tem esse problema, não está conseguindo completar as bolas. Ele não teve muitas oportunidades, uma, duas, mas podia ter feito. O atacante tem de estar sempre com esse desejo de fazer o gol. Taticamente se posicionamento muito bem, fecha muito bem as laterais, mas é preciso que melhore o rendimento ofensivo”, comentou o treinador depois do triunfo sobre o Tombense.

Com 48 partidas pela equipe profissional, Carlos marcou apenas nove vezes pelo Atlético, frustrando e expectativa de quem o acompanhava desde a categoria de base. Nas equipes inferiores o atacante era artilheiro e marcou mais de 100 gols pelo clube, entre 2010 e 2014.

No total Carlos marcou 110 gols pelas três categorias que ele passou. O jogador natural de Santa Luz, interior da Bahia, chegou à Cidade do Galo em 2010 para defender a equipe infantil. Nesse período foram 20 gols em 40 partidas. Depois ele passou pelos juvenis, com 44 gols em 49 jogos, e por último o time de juniores, quando marcou 46 gols em 78 jogos.

“O Carlos da base jogava de centroavante e agora joga mais de ponta, marca mais. Na base eu não marcava tanto, como tenho feito aqui. Agora jogo mais para o grupo, para o time. E é diferente o posicionamento”, justificou o atacante em recente entrevista na Cidade o do Galo, quando também falou sobre a pressão por não fazer gols.

“Eu sou tranquilo e já sabia disso. Já vim de um trabalho muito forte na base, pois quando estivesse aqui em cima a cobrança seria dobrada. Não seria a mesma coisa de lá de baixo, pois tem torcida, tem a imprensa e tudo o que envolve o time profissional. A cobrança é maior, então já vinha lidando com isso de uma forma tranquila”, finalizou.