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Salário divide Fluminense sobre Ney Franco, e Ricardo Drubscky ganha força

O técnico Ricardo Drubscky comandou o Vitória por 12 partidas no começo de 2015 - Leonardo Zanin/site oficial do Criciúma
O técnico Ricardo Drubscky comandou o Vitória por 12 partidas no começo de 2015 Imagem: Leonardo Zanin/site oficial do Criciúma

Rodrigo Paradella

Do UOL, no Rio de Janeiro

23/03/2015 17h09

A atual realidade financeira do Fluminense atrasa a definição do substituto de Cristóvão Borges como treinador do time. O nome dos sonhos do presidente Peter Siemsen, Ney Franco, é visto por parte da diretoria como caro demais dentro das condições do clube após a saída da patrocinadora Unimed Rio no fim do ano passado. Com isso, ganha força Ricardo Drubscky, bem mais barato que o outro candidato.

Ney Franco já foi tentado em outras oportunidades pelo Fluminense. Ex-São Paulo, Flamengo e Botafogo, o treinador era uma das opções para substituir Abel Braga em 2013, por exemplo. Outro candidato inicial, Adilson Batista também agrada ao presidente Peter Siemsen, mas perdeu força por já ter recusado o clube no passado.

Já Ricardo Drubscky, ex-Vitória e Goiás, ganhou força justamente por ser um treinador mais barato e com histórico de trabalhar com categorias de base, uma característica desejada pela diretoria do Fluminense neste momento de remontagem do elenco. Metade do grupo de jogadores do Tricolor é formada por jovens.

“Ainda estamos definindo, debatendo alguns nomes, por isso que o Marcão está dirigindo a equipe. Dentro dos nomes que a gente pensa, vamos resolver. Isso passa por uma discussão ampla, de valores, até pela mudança de realidade que o clube passou no fim do ano passado. É um ano de reconstrução, vamos manter essa linha. Vamos buscar um custo-benefício bom para o Fluminense”, explicou o vice presidente de futebol do Fluminense, Mário Bittencourt, sem citar nomes.

O dirigente também detalhou as características esperadas pelo Fluminense para o novo treinador, que terá apenas quatro rodadas para levar o time para as semifinais do Campeonato Carioca. Atualmente, a equipe está na quinta posição, a três pontos da zona de classificação.

“O perfil é um treinador que dê ênfase a essa transição. Que saiba trabalhar essa mescla de juventude com jogadores experientes. Temos três mini-elencos. Temos um de tarimbados, um dos que subiram das categorias de base e um de jovens que chegaram. Precisamos de um que una os três e faça que o time se desenvolva. A troca é pra tentar encontrar um que faça melhor que o que vinha sendo feito até aqui”, explicou Bittencourt.

Mário também explicou os motivos que levaram à demissão de Cristóvão Borges na manhã desta segunda-feira. O treinador deixou o clube após o empate por 1 a 1 com o Tigres do Brasil no último sábado, mas o dirigente negou que o resultado tenha causado a queda do técnico.

“O Cristóvão ficou um ano e tínhamos uma relação boa de trabalho. Não foi especificamente pelo resultado de sábado. Foi o último. Até entendemos que tivemos dois gols anulados que atrapalharam o desempenho. A equipe não foi excelente, nem desastrosa. Foi uma atuação média. Eu e Fernando Simone [diretor de futebol] vinhamos avaliando o trabalho, e resolvemos mexer. Os resultados não eram os que gostaríamos, e optamos pela mexida”, analisou o cartola.

Uma definição sobre o novo treinador do Fluminense deve acontecer até o fim da tarde desta terça-feira. Enquanto o novo técnico não for anunciado, o auxiliar Marcão comandará os treinos do Tricolor nas Laranjeiras. O time enfrenta a Cabofriense na quinta-feira, no Maracanã, pela 12ª rodada do Carioca.