Drubscky mal assumiu Flu e já sofre com protesto de organizada em 1º treino
O primeiro treino do Fluminense sob comando de Ricardo Drubscky foi marcado por um protesto de cerca de dez integrantes de uma torcida organizada, que abordaram o vice presidente de futebol do clube, Mario Bittencourt, e criticaram a contratação do treinador na tarde desta terça-feira, nas Laranjeiras. Eles também estenderam uma faixa ao contrário na arquibancada da sede tricolor como sinal de descontentamento com a escolha da diretoria pelo novo comandante.
O Fluminense, inclusive, mudou sua rotina por conta do protesto. Dois seguranças foram posicionados na porta da sala de imprensa para evitar manifestações dos torcedores durante a apresentação oficial de Drubscky, que acontecerá logo após o treino.
Alheio ao protesto, o treinador se reuniu por cerca de 30 minutos no vestiário com os jogadores e a diretoria tricolor antes da atividade nas Laranjeiras. Em campo, Drubscky realizou um trabalho técnico em campo reduzido, sem dar indicações do time titular. O grupo foi dividido em três, que se enfrentavam alternadamente.
Apesar da faixa e do protesto, os torcedores não se manifestaram contra o treinador durante a atividade, apenas diretamente com o dirigente e antes do treino. Com a bola rolando, Drubscky exigiu muito dos jogadores e manteve diálogo durante grande parte da atividade.
O primeiro teste de Ricardo Drubscky no comando do Fluminense acontecerá na próxima quinta-feira, no Maracanã, contra a Cabofriense, pela 12ª rodada do Campeonato Carioca. O time está na quinta posição do Estadual e precisa de uma vitória para se manter vivo na disputa por uma vaga nas semifinais da competição.
Dirigente acusa organizada de invasão
O vice de futebol do Fluminense, Mário Bittencourt, acusou a organizada que realizou o protesto de ter invadido o departamento de futebol. O dirigente não estava nem um pouco satisfeito com a situação e revelou o teor da conversa com os torcedores,
"Nós não tivemos uma conversa, eles entraram no departamento de futebol sem a devida autorização. Não considero conversa, mas uma invasão no lugar de trabalho de quem está trabalhando para o melhor do Fluminense. Dei a resposta que achei que deveria dar. E disse que ninguém vai interferir no nosso trabalho. Não me escondo e não empurro para outros a decisão. E tenho ao meu lado o Fernando Simone que age da mesma maneira. A escolha é nossa, do departamento do futebol", explicou.
"Me posicionei no sentido de que nenhum tipo de pessoa fara eu mudar minhas opiniões. Esse é um protesto politico, encomendado. É uma meia duzia. E dentro dessa meia duzia tem gente que se faz de pedra para nos transformar em vidraça. Quando esteve aqui nos levou para a terceira divisão", concluiu Bittencourt.
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