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Presidente do Flu admite economia com Drubscky e ressalta perfil 'formador'

Nelson Perez/Fluminense FC
Imagem: Nelson Perez/Fluminense FC

Rodrigo Paradella

Do UOL, no Rio de Janeiro

24/03/2015 16h05

O presidente do Fluminense, Peter Siemsen, admitiu que a contratação do técnico Ricardo Drubscky se deu também pela necessidade financeira do clube. O treinador chega para ganhar cerca de R$ 180 mil, menos que os R$ 250 mil que recebia Cristóvão Borges e os de outros candidatos à vaga como Ney Franco, Argel Fucks e Eduardo Baptista.

O mandatário explicou que o Tricolor terá que economizar para pagar o reparcelamento das dívidas com o governo federal possibilitado recentemente pelo Ministério Público. Além disso, o Fluminense também precisa se adequar à nova realidade financeira existente no clube após o rompimento da parceria de 15 anos com a Unimed Rio, em dezembro.

“O Ricardo foi uma escolha da nossa área técnica, baseado no conhecimento que ele tem na parte tática, no seu conhecimento teórico e na experiência de trabalhar com jogadores em formação, porque parte do nosso elenco é feito de jogadores jovens. Por outro lado, é preciso levar em consideração que o Fluminense vai aderir em breve ao parcelamento da dívida com o governo. Temos de nos adequar para o futuro", explicou Peter Siemsen. 

"Precisamos ser comedidos nos gastos para podermos fazer essa transição de forma segura. Em um primeiro momento, teremos de limitar o investimento para sairmos forte dessa transição. Entendemos que era importante escolher um técnico com o perfil que se encaixasse dentro desse nosso desejo. Estamos trabalhando para que tudo dê certo”, completou o dirigente.

O presidente tricolor negou que a escolha tenha demorado a ser oficializada por causa de uma resistência ao nome de Drubscky. Segundo Peter, o anúncio foi feito somente nesta terça por seu desejo de realizar uma reunião com o treinador.

“O Fluminense olha para o futuro e está construindo o amanhã. Não houve resistência em relação ao nome. Ele está há muito tempo no mercado, mas como não teve sucesso em clube grande, é natural uma certa reação da torcida. A gente vive de desafios e dificuldades no futebol”, argumentou Siemsen.

“Eu queria uma reunião com o treinador, pelo telefone não era o caminho. Esperamos ele no Rio ontem [segunda-feira] à noite. Foi uma reunião importante, de duas horas. Discutimos a necessidade do Fluminense”, complementou o mandatário tricolor.

Peter também fez questão de agradecer ao técnico Cristóvão Borges pelos serviços prestados. O treinador completaria um ano de trabalho no próximo dia 3 de abril.

“O Fluminense quer deixar um agradecimento público ao Cristóvão. Ele sempre foi de uma elegância e seriedade ímpares. Como qualquer trabalho, o seu teve pontos altos e baixos, mas foi um ano de uma convivência muito boa. Houve um desgaste no trabalho dentro de campo, mas tenho certeza de que um dia ele voltará ao clube para alcançar resultados melhores”, ressaltou o cartola.

O primeiro desafio de Drubscky será na próxima quinta-feira, no Maracanã, contra a Cabofriense, pela 12ª rodada do Campeonato Carioca.​