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Santos promete parcelar atrasados dos atletas e inicia pagamento na sexta

Presidente Modesto Roma prometeu ao elenco o parcelamento da dívida - Divulgação/Santos FC
Presidente Modesto Roma prometeu ao elenco o parcelamento da dívida Imagem: Divulgação/Santos FC

Samir Carvalho

Do UOL, em Santos (SP)

24/03/2015 17h11

A diretoria do Santos fechou um acordo com o elenco para iniciar o pagamento dos direitos de imagem atrasados. O clube vai parcelar a dívida e pagará metade dos atrasados sempre que depositar o ordenado mensal dos atletas. A primeira parcela, inclusive, será paga até a próxima sexta-feira.

“Já acertamos com eles que pagaremos a partir de agora o mês em dia e metade dos atrasados. Esse primeiro pagamento será feito até sexta-feira. Isso já foi acertado em uma conversa que tivemos lá em Londrina, ainda. Conversei com os líderes do grupo e passamos isso a eles”, afirmou Modesto.

“O Santos trabalha com planejamento, o Santos trabalha com um planejamento de caixa muito sério e competente. Nesse planejamento buscamos recursos para que possamos pagar”, disse.

O presidente Modesto Roma quitou parte da dívida deixada pela antiga diretoria – três meses de salários da CLT (Consolidações das Leis de Trabalho), além de 13º, férias e fundo de garantia. No entanto, a diretoria santista sabe que precisa pagar quatro meses de direitos de imagem atrasados para conquistar de vez a confiança do elenco.

A estratégia de Modesto e companhia é não repetir o erro de seus antecessores, que despertaram a ira do elenco por falta de explicações e, principalmente, por promessas não cumpridas. Por conta disso, diversas reuniões foram realizadas entre jogadores e dirigentes nos últimos dias.

"Sobre os direitos de imagem e salários [reunião com o elenco]. Acho que a diretoria, desde quando assumiu, vem dando conta disso, já regularizou várias situações. Nunca deixou de falar com os atletas, o Modesto [presidente], o Conforti [vice] e o Dagoberto [diretor executivo] conversaram com os jogadores em Londrina. O clima dentro de campo sempre foi bom. Ano passado ficaram não sei quanto tempo sem receber e deram conta do recado", afirmou o técnico Marcelo Fernandes.

Crise deixou Santos sem telefone e quase sem água e luz

As dívidas herdadas da gestão de Odílio Rodrigues quase deixaram o Santos no escuro neste ano. A empresa de energia elétrica foi ao CT Rei Pelé "cortar a luz" por falta de pagamento na primeira semana de janeiro. O valor de uma das contas atrasadas de luz chegava a R$ 130 mil, enquanto o valor da conta de água era de R$ 180 mil. O clube precisou fazer uma proposta de parcelamento para pagar a dívida.  

Outro motivo que preocupava o presidente Modesto Roma e companhia era o plano de saúde dos atletas. Isso porque a ex-diretoria não pagou o convênio médico dos jogadores nos últimos três meses de mandato.

Os credores batem na porta do Santos todos os dias. O UOL Esporte revelou no início do ano que o clube deve até a uma floricultura da cidade.

A dívida com a floricultura ainda não foi paga e chega a quase R$ 2 mil. O clube tinha um acordo com a empresa para comprar coroas e flores para homenagens prestadas, mas não pagou as últimas compras efetuadas.

Se não bastasse, a diretoria assumiu o clube em janeiro com o telefone dos funcionários cortados por falta de pagamento. O problema só foi resolvido dois meses depois, período em que os profissionais do clube só podiam receber ligações. A antiga diretoria deixou uma dívida de R$ 12 mil com uma operadora de celular.

 Sobrou até para a Vila Belmiro. A ex-diretoria santista não pagava a World Sports, empresa responsável pela manutenção do gramado, desde setembro. Sendo assim, a Vila ficou sem manutenção no mês de dezembro, fato que colaborou para o mau estado da gramado no início do Campeonato Paulista.