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Dunga esconde time e diz não se impressionar com atleta 'bom no papel'

João Henrique Marques

Do UOL, em Paris (França)

25/03/2015 11h47

Dunga preferiu não revelar o time que levará a campo para o amistoso contra a França, quinta-feira, às 17h (horário de Brasília) em Paris. O atacante Firmino atuou entre os titulares no treinamento de segunda-feira. Mas o técnico da seleção avisou que a presença do atleta não significa titularidade confirmada.

“Nós não confirmamos nada. O colete é distribuição de posições. Atacante forma com atacante. Fizemos treino com balanço da defesa do ataque, tentamos posicionar, mas independentemente de quem vai jogar. Todos precisam estar preparados. O jogador tem de estar com a cabeça pronta até a hora para jogar”.

Em seu retorno ao comando técnico da seleção, Dunga reitera que o que vale é a produção do atleta em campo. Jogar só com o nome não terá futuro na seleção, costuma enfatizar o treinador. Bem humorado em entrevista coletiva nesta quarta, em Paris, Dunga disse que não se impressiona com estatísticas e números de jogadores apresentados em planilhas.

“Pensarmos como vencedores. Agirmos como vencedores. Temos de ter atitude e colocar dentro de campo. Realizar o que pensamos. Porque vocês já fizeram essa brincadeira: no papel, no power point, todo mundo é bom. Mas dentro de campo as coisas mudam”.

Sobre o rival de quinta-feira, Dunga afirma não ter sentimento de revanche. Ele estava em campo na derrota da seleção contra os franceses na decisão do Mundial de 98, 3 a 0.

O maior estrago ocorreu em 1990, diz Dunga, dizendo que ainda hoje é cobrado pela eliminação.

“Em 90 doeu mais, pois toda responsabilidade foi colocada no meu nome, e até hoje colocam. Em 1998 também, mas jogar contra o organizador da copa, com grandes jogadores. E eles jogavam fora do país eram experientes”.

A seleção de 1990 ficou rotulada de Era Dunga. Então volante do time, Dunga simbolizava o estilo defensivo e brigador da seleção comandada por Sebastião Lazaroni. O time caiu nas oitavas contra a Argentina.

Marcelo volta para time titular?

“Quanto ao Marcelo, não é questão minha. Basta ver os jogos no Real. Antes ele não jogava e agora ele está jogando continuamente. Melhorou muito em termos de posicionamento, coletividade. E ele melhorou muito no Real. Está em um bom momento, observamos todos e mesmo os que não estão aqui. É nossa missão, nossa responsabilidade, observar jogos e jogadores. A gente brinca para eles não se preocuparem, de assessor botar nota no jornal. A gente está olhando. Temos comissão para olhar”.

Danilo em alta

“Treinador gosta de quem resolve o problema. Danilo foi às primeiras convocações depois da saída do Maicon e foi bem. Como ele é jovem, temos que dar continuidade para ir adquirindo confiança. E ele correspondeu bem a isso. Se sente seguro”. 

Importância dos amistosos

"Eu acho que todos jogos são fundamentais. Precisamos criar opções em cada posição de novos jogadores. É importantíssimo a gente fazer amistosos. É importante fazermos as competições. É importante termos dificuldades diferentes em cada jogo para ver a reação e ver onde precisamos melhorar para estarmos prontos na competição oficial"