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Citado em ação contra o Atlético, Palmeiras é notificado por clube mineiro

Giovanni Augusto fez bom Brasileirão pelo Figueirense e despertou o interesse de outros clubes - Cristiano Andujar/Getty Images
Giovanni Augusto fez bom Brasileirão pelo Figueirense e despertou o interesse de outros clubes Imagem: Cristiano Andujar/Getty Images

Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

27/03/2015 12h24

No dia 16 de abril a 21ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte vai julgar uma ação do meia Giovanni Augusto contra o Atlético-MG. O jogador pede rescisão indireta do contrato, alegando que houve um erro no registo do aditivo de vínculo assinado por ele em janeiro do ano passado. No entanto, Giovanni citou o nome do Palmeiras na ação e a equipe paulista acabou notificada oficialmente pelo Atlético.

Como Giovanni Augusto e seu empresário entendem que o acordo com o Atlético vai até maio, e não até dezembro, como consta no BID (Boletim Informativo Diário), o jogador conversou com outros clubes. O UOL Esporte apurou, inclusive, que ele já teria assinado um pré-contrato com o Palmeiras. Embora o diretor de futebol Alexandre Mattos negue essa versão, o clube paulista foi citado por Giovanni Augusto na ação que ele move contra o Atlético.

“Na ação ele cita para a justiça que não era prestigiado pelo Atlético e acabou emprestado apenas para clubes pequenos. Ele cita ainda que teria recebido uma proposta do Palmeiras. Então nós notificamos o Palmeiras, para confirmar ou não dessa proposta. O clube foi formalmente chamado a ratificar ou não a existência essa proposta, pois poderia caracterizar a existência de aliciamento”, explicou ao UOL Esporte o diretor jurídico do Atlético, Lásaro Cândido da Cunha.

Revelado pelo Atlético em 2010, Giovanni teve poucas chances com Luxemburgo e acabou emprestado ao Náutico. No ano seguinte ele retornou à Cidade do Galo e virou titular no time de Dorival Júnior. Mas noitadas e queda de rendimento custaram caro. O jogador ficou sem espaço e foi emprestado novamente, dessa vez para o Grêmio Barueri. Antes de voltar ao Atlético em janeiro de 2015, o meia ainda defendeu ABC, Criciúma, novamente o Náutico e por último o Figueirense.

Sobre a ação de Giovanni Augusto, o diretor jurídico do Atlético se mostra muito seguro e informa que essa não é a primeira vez que o jogador aciona o clube na justiça. De acordo com Lásaro Cândido da Cunha, o atleta sequer apareceu na audiência da primeira e mudou a versão, tendo em vista que seria derrotado.

“O Giovanni promoveu uma ação contra o clube em fevereiro e que seria julgada em março, informando que o contrato não poderia ser prorrogado. Na alegação inicial consta que ele não tinha assinado o termo aditivo. Fomos à audiência, mas ele não apareceu e o processo foi arquivado. Então ele promoveu outra ação e mudou a versão, que o aditivo não teria sido registrado no BID. Ainda que houvesse problema, fosse da CBF ou da FMF, não seria problema, já que as partes envolvidas foram favoráveis à prorrogação. Então o assunto (problema no registro) seria irrelevante”, comentou o diretor.

Enquanto não tem uma definição da justiça, Giovanni Augusto segue treinando na Cidade do Galo. O meia ficou quase dois meses no departamento médico, em função de uma torção no tornozelo esquerdo. Recuperado, ele já treina normalmente, mas não deve ser usado por Levir Culpi. Pelo menos enquanto este imbróglio estiver sem solução.