Diego Aguirre faz 'rodízio de esquemas' e repete Fossati no Inter
Começando no 4-4-2, passando pelo 4-2-3-1, indo ao 3-6-1 e dando um passo a frente para chegar até o 3-5-2. O Internacional de Diego Aguirre usou vários esquemas, mas ainda não tem um para chamar de seu. A exposição defensiva do começo do Gauchão ficou menor, mas o encaixa ainda está longe do ideal. As tentativas do técnico lembram muito o quebra-cabeças vivido por Jorge Fossati em 2010. Naquela oportunidade o Colorado também foi vencendo sem convencer e com um rodízio de formações.
Atualmente, o time titular do Inter joga no 3-5-2, mas não tem qualquer garantia de que seguirá assim. O esquema com três zagueiros foi usado diante de Aimoré, Emelec e Avenida. Os reservas seguiram jogando no 4-2-3-1, em partidas do Campeonato Gaúcho. E, nas palavras de Diego Aguirre, tudo foi em caráter experimental.
“Pelas características dos jogadores eu mudei para o 3-5-2. Mas como uma opção, em momento nenhum fui definitivo. Eu normalmente gosto de poder jogar com quatro ou com três, dependendo do jogo e das necessidades. Se estou em casa ou fora, dependendo do adversário. Nós provamos uma mudança e o time tem uma opção a mais para encontrar uma forma de jogar”, disse o técnico ao falar sobre o esquema do Inter ideal.
Cinco anos atrás, Fossati também ficou sem um esquema definido. Adepto do 3-5-2, o treinador encontrou resistência interna no clube e cedeu em jogos específicos. Nas partidas com o 4-4-2, o Inter levou menos gols, mas nem assim o compatriota de Diego Aguirre se deu por satisfeito. Na partida com o Vasco, em 27 de maio, o Colorado abriu 2 a 0 e cedeu a virada no segundo tempo. A derrota foi qualificada como inadmissível e caiu como a gota d'água junto à cúpula. Resultado: Jorge Fossati foi demitido no retorno a Porto Alegre.
A comparação do desempenho defensivo de 2010 chega a ser injusta. Em sete partidas no 3-5-2, o Colorado levou 14 gols. No mesmo número de jogos com o 4-4-2 sofreu apenas dois. Neste ano a situação, do momento, é inversa. Com três zagueiros foram três compromissos e somente um gol sofrido. No início da Libertadores, com duas linhas de quatro, a defesa chegou a ser a pior do torneio. O elo entre o trabalho dos uruguaios, separados por 60 meses, está na irregularidade dos times.
"Ele é uma pessoa muita aberta ao diálogo, jovem e com um leque de treinos bem amplo, muito interessante. Coisas que a gente gosta de fazer, trabalhar com bola. É um cara que sabe colocar o ponto de vista, tem um jeito mais tranquilo. A gente está muito feliz com ele", comentou o zagueiro Juan. "A direção do Inter não questiona o esquema e nem o treinador", afirmou Carlos Pellegrini, diretor de futebol, na véspera da vitória em cima do Avenida.
Vítima de pressão interna por demissão, Diego Aguirre atribuiu o movimento como reflexo da cultura. Mas reclamou do calendário inchado e da pressa dos clubes e torcedores brasileiros por resultados. Sem o futebol de encher os olhos, o Gauchão ganhou peso no trabalho dele. E ainda não vieram as vitórias convincentes que podem diferenciar a passagem dele do patrício Fossati.
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