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Dunga quer enterrar centroavante na seleção. E o plano deu certo

João Henrique Marques

Do UOL, em Saint-Denis (França)

27/03/2015 06h01

Dunga chegou à seleção logo após a Copa do Mundo e avisou: “não há mais espaço para o 9 estático”. O plano de enterrar centroavante foi colocado em prática e os resultados colhidos são altamente satisfatórios. O Brasil ganhou velocidade, virou time de meias e atacantes criativos e finalizadores, e mais uma vez venceu – 3 a 1 contra a França, no Stade de France, em Saint-Denis, na noite desta quinta-feira,

Contra o time francês, Roberto Firmino não pode nem mesmo ser chamado de jogador mais à frente no ataque. Houve um revezamento com Neymar na função, e muita proximidade e ultrapassagens de Willian e Oscar.

“São os jogadores que estão fazendo em campo e mostrando o seu valor. Ter Firmino e outros jogadores é bom. Lógico que é um trabalho de dedicação de toda uma equipe. Estamos apenas no caminho”, disse Dunga após o novo triunfo.

O treinador ainda tem no elenco um jogador com características de centroavante. É Luiz Adriano, que inclusive entrou nos minutos finais no lugar de Firmino. Só que o jogador do Shakhtar Donetsk-UCR procura mais os lados do campo.

“Sempre movimento dentro do possível no Shakhtar. A equipe joga diferente do que a seleção brasileira, mas não que eu precise mudar a minha maneira de atuar”, disse Luiz Adriano após o jogo.

Com o plano de não ter um jogador estático à frente, como Felipão apostou com Fred na Copa do Mundo, ainda foi intensificado com a convocação de Robinho sendo a outra opção para o ataque nos amistosos contra França e Chile.

Só que Firmino, Luiz Adriano e Robinho, ainda aparecem atrás de Diego Tardelli na luta pela titularidade. O jogador agradou muito nas vitórias contra Japão e Argentina por conta da mobilidade, mas foi cortado dos atuais amistosos por conta de uma lesão muscular.

Contra o Chile, Dunga já avisou que vai fazer testes na equipe titular. A principal expectativa é de que Robinho será o titular. O atacante do Santos agrada o treinador por atuar como “falso 9”, com capacidade de romper marcadores com o drible e aparecer na área para finalizar.