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Sobre blefes, otários, trouxas, truculentos e Euricos

27/03/2015 16h33

Senhor Juca Kfouri, venho por meio desta solicitar meu direito de resposta, ante os ofensivos termos, utilizados contra minha pessoa, na coluna de sua autoria titulada “Um blefe chamado Andrés Sanchez”, postada no dia 17 de março, em seu blog. Contesto solicitando que, junto com esta introdução, seja publicada a seguinte resposta:

Senhor Juca de tempo em tempo minha pessoa é assunto recorrente em suas matérias jornalísticas, mas, mesmo contrariado, jamais me alterei pela dureza das mesmas, nem sequer quando me chamou “Andrés, o pequeno”, na minha consideração, você, como profissional da imprensa, tem todo o direito de opinar e criticar minha atuação pública, seja no âmbito político ou no esportivo.

Porém, na matéria que motiva a presente resposta, considero que no conteúdo da mesma deu pouca importância à crítica, prevalecendo  a desqualificação pessoal com uma coleção de adjetivos impróprios para o tratamento a qualquer pessoa.

Vamos recordar alguns parágrafos:

Em relação as minhas negociações com a Prefeitura, sobre a construção do estádio corinthiano, afirma, com todas as letras, que sou um OTÁRIO, na verdade o problema de um otário é estar convencido que os outros é que são, pressinto que a situação é inversa pois, no aspecto informativo, lhe venderam gato por lebre pelo seguinte: É evidente que todos os acordos entre o Corinthians e a Prefeitura estão devidamente assinados e registrados, como não poderia ser de outra forma.

E em nova dedicatória me classifica como um BLEFE, diz isso devido ao valor total do estádio, ao atraso das obras, a não venda do nome, dos camarotes e etc, senhor Juca será que não se trata de uma atitude de mau perdedor e o verdadeiro blefe não reside em sua pessoa? Digo isso por sua permanente negação ao estádio em Itaquera e a possibilidade de ser o palco da abertura da Copa, lembra que chegou ao extremo, em maldoso e destrutivo tom de ironia, a postar em seu blog que  nosso projeto de estádio era “uma obra de ficção científica”, ou aquele outro momento hilário com seu “furo informativo” comunicando a todos que haveria uma eminente aprovação para construir um estádio municipal em Pirituba que seria utilizado na abertura da Copa?

Que furo !!

Achando pouco ainda me chama de TROUXA, ao pronunciar a palavra lhe recomendo um espelho. Me dedica tal qualificativo por considerar que deixei o Corinthians na atual situação desesperadora. Qual?

Acaso nosso time é pouco competitivo? Foi por acaso que pouco depois de minha saída se investiu 100 milhões a vista em contratações? Acaso é negativa nossa posição no Campeonato Paulista ou na Libertadores? E o exemplar processo democratizador do Corinthians é um fracasso?  E a repercussão do estádio para o desenvolvimento da zona leste, região onde habita mais da metade da população da cidade?

Acaso, ante nossos bons resultados, o desesperado não será sua pessoa?

E em relação a Receita Federal, estamos com os pagamentos negociados e saldados nas datas de vencimento, portanto, estamos em dia.

Também estranho sua contraditória preocupação com o valor do estádio, sempre afirmou que o mesmo estava sendo construído com dinheiro público, e agora tanto se preocupa se o Corinthians pode ou não fazer frente aos débitos da finalizada construção.

Na continuação me acusa de usar TRUCULÊNCIA para tentar convencer os que sabem pensar. Não sei ao que se refere, mas dou por suposto que pretende dizer que não sei pensar, mas com certeza os sócios do Corinthians devem saber pensar e jamais usei nenhum tipo de força para contar com o apoio dos mesmos.

Por última tenta uma comparação vexatória, mas devo dizer que tenho um grande apreço pela figura humana de Eurico Miranda, e também o máximo respeito aos sócios do Vasco que voltaram a fazer dele seu representante maior.

Portanto, a comparação não me ofende, mas permita-me retribuir com uma comparação a sua pessoa, sei que sempre sonhou ser reconhecido como um destemido e atual João Saldanha, mas com essa linguagem vulgar e o teor oficialista de suas recentes crônicas, faz jus a ser reconhecido como um temido e atual Amaral Neto “de esquerda”. Ponto.

Andrés Sanchez, ex-presidente do Sport Club Corinthians Paulista, superintendente de futebol do Sport Club Corinthians Paulista e deputado federal PT/SP.