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TKS, Google! Como uma modelo brasileira se envolveu com o camisa 9 do Chile

Juliana Alencar

Do UOL, em São Paulo

28/03/2015 06h00

A tecnologia uniu o camisa 9 do Chile Eduardo Vargas à ex-modelo gaúcha Daniela Colett. O flerte começou numa rede social. Mas o romance que já dura dois anos só foi possível por causa de outra ferramenta, o tradutor do Google. O ano era 2013 e o jogador,  na época recém-chegado ao Grêmio, sabia poucas palavras em português. Ele acabara de chegar ao país emprestado pelo Napoli.

"Também não sabia falar espanhol. Então o 'translate' ajudou muito", lembra-se ela, que flertou com o jogador, atualmente no inglês Queens Park Rangers, por meses no Facebook antes de saber que ele era reforço do clube rival ao seu. Daniela é colorada: "No começo nem sabia que ele era jogador. Não era muito ligada a futebol".

Daniela não precisou virar a casaca. Vargas foi emprestado ao espanhol Valencia quando a relação ficou mais séria. Mas, quando o assunto é seleção, não teve jeito. Nos últimos dois confrontos entre Brasil e Chile ela vestiu a camisa da "la roja".

Neste domingo (29), às 12h (de Brasília), quando a seleção brasileira entrar em campo para enfrentar novamente os chilenos no Emirates Stadium, em Londres,  Daniela ganhará um reforço na torcida: a primeira filha do casal. "Uma razão a mais, né? É claro que nós duas vamos torcer para o Chile", diverte-se.

Antonella, de apenas cinco meses, fará sua estreia num estádio de futebol no clássico sul-americano. Mas já foi "exposta" à rivalidade entre as seleções dos pais uma vez.  A menina estava na barriga da mãe na sofrida classificação da seleção brasileira para as quartas de final da Copa 2014.  Daniela estava no Mineirão, palco do jogo que, por muito pouco, não eliminou o Brasil precocemente.

A seleção só conseguiu superar os chilenos nos pênaltis, após 1 a 1 no tempo normal.  Vargas deixou o campo no segundo tempo, antes de Mauricio Pinilla carimbar o travessão com uma bomba de fora da área, na marca dos 45 minutos do segundo tempo. 

 "Foi uma imagem muito marcante, né? Os jogadores ajoelhados, rezando em campo", recorda-se ela, que diz não ter ficado sensibilizada com o sofrimento dos jogadores do Brasil: "Torci sem culpa para o Eduardo. Claro que isso pode criar uma situação delicada, mas minha família inteira entende o meu ponto de vista. Todo mundo agora é Chile".  Daniela, aliás, não descarta que o pai e o irmão a acompanhe nas partidas do Chile pela Copa América, em junho.

Eduardo Vargas e Daniela vivem hoje em Londres, já que o QPR é sediado lá. E, como no começo do relacionamento, a língua foi um empecilho. Desta vez, no entanto, só para o jogador. "Eduardo não falava nada de inglês. Como eu sempre estudei o idioma, acabei servindo de intérprete. Até hoje ele me pergunta, por Whats app, como faz para dizer algumas palavras", encerra.