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Lulinha faz "só" 25 anos e diz que nem companheiros acreditam ser tão novo

Vagner Magalhães e Vanderlei Lima

Do UOL, em São Paulo

10/04/2015 06h00

O atacante Lulinha é um dos destaques do Red Bull Brasil, que vai disputar as quartas de final do Campeonato Paulista contra o São Paulo. Revelado pelo Corinthians, foi tido como uma das principais promessas do time na segunda metade da década passada. Fez parte da equipe que foi rebaixada à Série B em 2007, perdeu espaço e de lá para cá passou por Estoril e Olhanense (Portugal), Bahia, Ceará e Criciúma, até chegar ao Red Bull Brasil. Com essa rodagem, até seus companheiros desconfiam quando ele diz que está prestes a completar 25 anos. 

Autor de quatro gols no Campeonato Paulista, Lulinha conta que seus companheiros costumam brincar com sua idade. "Eles dizem que escutam falar de mim desde 2006. Aí eu falo que subi muito cedo para o profissional. Eu tinha apenas 16 anos na época. Mas mesmo no profissional, o meu nome já era falado por tudo o que eu estava fazendo nas categorias de base", diz ele.
 
Ele conta que o seu desempenho atual é um dos melhores da carreira e que espera colher frutos da boa fase. "Eu estou demonstrando o meu valor. O que eu sei e tudo o que eu fiz nas categorias de base está aqui ainda, então eu tenho muita qualidade pra mostrar. Sou muito novo, vou fazer 25 anos agora e tem muita coisa para acontecer ainda. Espero que as coisas melhorem para o futuro".
 
 
Ele admite que fazer parte do grupo do Corinthians rebaixado em 2007 acabou pesando negativamente na sua carreira. "Pela grandeza do Corinthians, a cobrança é muito grande. Eu era novo, ainda sem experiência, então com certeza afetou bastante. Mas são águas passadas e hoje é fase nova, vida nova. As coisas estão correndo muito bem no Red Bull".
 
Apesar do bom momento, ele diz que trabalha para voltar a um grande clube. "Eu trabalho para isso. Estamos procurando sempre o melhor, como aqui no Red Bull. Eu precisava voltar para o cenário de São Paulo e quando fizeram a proposta para mim, conversei com a diretoria. Eles passaram qual era o projeto e eu achei que poderia ser interessante. Pensei que poderia voltar e dar uma nova caminhada aqui em São Paulo. Agora estou despontando neste Paulistão", diz ele. 
 
Neste ano, Lulinha enfrentou o Corinthians pela primeira vez desde que deixou o clube. E não negou a emoção de jogar no novo estádio, em Itaquera.  
 
"Uma noite antes eu quase não dormi pensando no jogo. Foram dez anos de histórias, dez anos lá dentro. Eu não cheguei a chorar, mas ao chegar em Itaquera, por exemplo, lembrei que ali não era o estádio. Era um setor das categorias de base com três campos que a gente usava. Ver aquele estádio gigantesco é uma coisa linda".
 
Após o jogo contra o Palmeiras, Lulinha brincou ao dizer que o seu time, o Red Bull, havia dado uma chifradinha no Porco. Na partida ele fez um dos gols e deu passe para o outro, na vitória por 2 a 0. "O mascote do Palmeiras é um porco e o nosso é um touro. Foi nesse sentido, mas, é claro, em tom de brincadeira. O jogo foi muito importante para nós. Era um jogo decisivo, que nós precisávamos ganhar".