Torcida do Cruzeiro protesta contra cúpula e técnico na véspera de 'final'

Bicampeão brasileiro e vencedor da edição passada do Campeonato Mineiro de forma invicta, Marcelo Oliveira vive uma situação que remete à sua chegada à Toca da Raposa II. O treinador passa a ser contestado por parte da torcida. Nessa segunda-feira, véspera do decisivo jogo contra o Universitario de Sucre, da Bolívia, pela Libertadores, cerca de 200 pessoas foram à sede administrativa do clube, no centro de Belo Horizonte, para protestar contra o trabalho do treinador e do presidente Gilvan de Pinho Tavares.

A derrota para o Atlético-MG e a consequente eliminação na semifinal do Estadual motivaram a manifestação dos torcedores. Além do jejum de 11 partidas sem triunfos diante do arquirrival, a insatisfação é com a queda de produtividade do elenco em relação ao ano passado, quando o time faturou a segunda edição consecutiva do Campeonato Brasileiro, a ausência de reforços e o alto preço dos ingressos.

Orquestrado por uma organizada, o protesto durou cerca de uma hora e 30 minutos e não contou com a presença de dirigentes do clube na sacada do prédio que abriga a sede administrativa. A cúpula opta por se silenciar quanto à manifestação dos torcedores em frente ao local.

Embora não se manifeste oficialmente, a diretoria do Cruzeiro segue dando força ao técnico Marcelo Oliveira, conforme apurado pelo UOL Esporte. Nem uma eliminação na fase de grupos da Copa Libertadores da América seria capaz de tirá-lo do cargo neste momento, segundo pessoas ligadas ao presidente Gilvan de Pinho Tavares.

O bom trabalho iniciado pelo treinador em janeiro de 2013 é o que respalda a sua permanência na Toca da Raposa II. Mesmo com as críticas oriundas das arquibancadas, ele é uma unanimidade nos bastidores, sobretudo por seu profissionalismo.