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Botafogo ainda sonha com Jobson, mas atacante pode ser banido do futebol

Reprodução/Twitter @jobson11oficial
Imagem: Reprodução/Twitter @jobson11oficial

Bernardo Gentile

Do UOL, no Rio de Janeiro

24/04/2015 14h47

O Botafogo ainda mantém a esperança de contar com Jobson na segunda final do Campeonato Carioca. A situação, no entanto, é bem mais grave do que se pode imaginar. Reincidente na punição por doping, o atacante pode até ser banido futebol. Isso só acontecerá se a WADA (Agência Mundial Antidoping) entrar com um recurso na CAS (Corte Arbitral do Esporte).

Caso a WADA não concorde com a punição de quatro anos imposta pela Fifa, ela poderá pedir novo julgamento, o que poderá resultar no fim da carreira de Jobson. A Agência Mundial de Doping, inclusive, não é uma novidade na vida do atacante, que teve que ir a novo julgamento em 2011 após decisão do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) de seis meses de suspensão. Ele cumpriu pena de dois anos após nova decisão.

“Essa situação é uma realidade. Por ser reincidente, existe essa possibilidade. Vamos tentar liberar o Jobson o quanto antes, pois a situação em que o suposto exame ocorreu na Arábia Saudita foi absurda. Não tenho muito mais a dizer nesse momento, temos que esperar a próxima semana para tentarmos o melhor nessa situação”, disse o advogado Marcos Motta, responsável pelo caso do atacante.

O Botafogo foi comunicado a respeito da pena nesta sexta-feira. O caso está sob análise do departamento jurídico do clube, em conjunto com os advogados do atleta.

O exame imposto pela Federação de Futebol da Arábia Saudita aconteceu quando o atleta defendia o Al-Itthihad. A fuga do teste resultaria em punição, o que foi confirmado no país. O Pleno do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), porém, deu razão ao atleta em novembro de 2014. De acordo com os advogados brasileiros, a punição imposta pela Federação Saudita de Futebol em abril daquele ano foi realizada sob circunstâncias ilegais. Por isso, o atacante estava livre para defender o Botafogo normalmente.

A Fifa julgou o caso nesta sexta e confirmou a validade da punição imposta pelos árabes. A pena de quatro anos é válida em todo o mundo. Com isso, Jobson não pode atuar pelo Botafogo.

Em abril de 2014, Jobson estava se desligando do Al-Itthihad por conta de problemas com o novo presidente árabe, que queria reduzir seu salário mesmo com o contrato vigente. A recusa do atacante gerou crise e ele foi afastado do time. Alguns dias depois, um suposto funcionário da Federação Saudita apareceu no hotel onde o jogador estava hospedado para um teste de doping surpresa.

Jobson se recusou a fazer o teste com um funcionário que não tinha um intérprete. Ele acabou suspenso pela federação local por quatro anos, gancho confirmado pela Fifa. O atacante tem contrato com o Botafogo até junho de 2015.