Empresa que salvou "vaquinha"de Wesley cobra R$ 4,5 milhões do Palmeiras
Quando decidiu contratar Wesley, em 2012, o Palmeiras tentou usar um modelo inusitado: em parceria com a empresa MOPBR, fez uma "vaquinha" com torcedores com o objetivo de levantar dinheiro para a transação. A iniciativa fracassou; foi um investidor que apareceu, pagou 1,25 dos 6 milhões de euros pedidos pelo Werder Bremen (ALE) e salvou o negócio. Wesley foi para o São Paulo de graça, e esse investidor quer o dinheiro de volta.
A empresa Toksai entrou na última semana com uma ação cobrando R$ 4,5 milhões do Palmeiras - é o valor atualizado e com multa da primeira parcela paga ao Werder Bremen. O argumento é que, na época do negócio, o então presidente alviverde Arnaldo Tirone prometeu que estenderia o contrato de Wesley para pelo menos cinco anos, sob pena de ressarcir o valor ao investidor.
Há no processo uma cópia deste acordo, que inclui uma cláusula dizendo: "Palmeiras declara para devidos de fins de direito que enquanto não apresentar o contrato de trabalho do atleta com vigência de 60 (sessenta) meses, este assegurará ao investidor a devolução do recurso (€ 1.250.000,00), caso não ocorra à negociação do atleta dentro do período de 36 (trinta e seis) meses, respeitando as condições deste instrumento". O documento é assinado pela antiga diretoria alviverde e tem até carimbo do departamento jurídico, com assinatura do ex-diretor Piraci Oliveira.
O contrato entre Wesley e Palmeiras durou 36 meses - não houve aumento para 60. Por isso, a Toksai afirma, acionou a Justiça. A ação corre na 30ª Vara Cível de São Paulo.
Procurado, o investidor Beto Moreira, da Toksai, disse que prefere aguardar o desenvolvimento do caso na esfera judicial e não fazer comentários. O Palmeiras também reiterou seu posicionamento de não comentar ações judiciais em curso - neste caso, segundo o andamento do processo no site do Tribunal de Justiça, o clube ainda não foi citado.
Herança maldita
A ação não é a única movida contra o Palmeiras pela contratação de Wesley. O presidente do Criciúma também processa o clube: alega que firmou com a diretoria anterior um acordo para dar garantias na contratação, e acabou tendo que arcar com o pagamento da maior parte dos 6 milhões de euros ao Werder Bremen.
Angeloni cobra do alviverde R$ 21 milhões. Conseguiu, por um curto período, bloquear algumas receitas de televisão pagas pela Globo, mas o departamento jurídico do clube reverteu a situação. Depois, ofereceu os direitos econômicos de Cleiton Xavier como garantia caso perca a ação.
Somando as duas ações, a contratação de Wesley em 2012 pode causar um potencial prejuízo de R$ 26 milhões ao Palmeiras. O clube se defende em ambas e questiona sua legitimidade - os processos ainda não foram julgados em definitivo.
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