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Inter pegou dinheiro emprestado com o grupo DIS para ter Anderson

Delcir Sonda ajudou Inter a pagar para fechar com Anderson por quatro anos - Alexandre Lops/Divulgação Inter
Delcir Sonda ajudou Inter a pagar para fechar com Anderson por quatro anos Imagem: Alexandre Lops/Divulgação Inter

Jeremias Wernek

Do UOL, em Porto Alegre

28/04/2015 18h57

A chegada de Anderson, ex-Grêmio e Manchester United, ao Internacional teve participação de Delcir Sonda. O empresário emprestou dinheiro para o Colorado bancar parte da compra dos direitos econômicos do meia. Na época da contratação, o clube gaúcho afirmou que pagaria apenas uma quantia de luvas e mais salários.

Sonda revelou a participação em entrevista à Rádio Gaúcha e o UOL Esporte confirmou os moldes do negócio. Com o dinheiro vindo do grupo DIS, parceiro na contratação de D’Alessandro em 2008, o Inter pagou à vista uma parte do valor exigido pelos direitos econômicos de Anderson, o equivalente a R$ 4 milhões. O restante da quantia foi parcelado em 48 vezes.

“Eu emprestei dinheiro ao Inter para o Anderson, entendeu? E no momento não posso fazer mais, pelo menos até a Fifa definir como vai ser com o investidor”, disse Sonda. “Não é porque a Fifa pôs (uma regra) que vamos deixar de ajudar. O Anderson é um menino que não deu certo fora, mas tem qualidade”, completou o investidor.

Anderson chegou ao Colorado depois de rescindir com o Manchester United. À época, os envolvidos no negócio davam a transação como sustentada por uma chegada livre de custos e somente por luvas diluídas no salário. Assim, o herói da ‘Batalha dos Aflitos’ com o Grêmio ganhou um salário de R$ 500 mil. Agora o clube admite que precisou pagar para ficar com os direitos do jogador. Com contrato de quatro anos junto ao Internacional, Anderson ainda não deslanchou. Disputou 14 partidas – somente seis como titular, e não fez nenhum gol. Lutando para entrar em forma, perdeu espaço no time considerado ideal por Diego Aguirre.

O negócio também reativa a relação do Inter com Delcir Sonda. Em dezembro, o empresário adquiriu 10% de Alan Costa, Cláudio Winck, Valdívia e Eduardo Sasha por 1 milhão de euros. O negócio foi parar em um relatório do conselho fiscal do clube, que considerou a transação danosa ao clube.