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Mudanças fazem Flu atrair sócios após dois anos, mas meta está distante

Flu espera crescimento de sócios após arrancada inicial no Campeonato Brasileiro - NELSON PEREZ/FLUMINENSE F.C.
Flu espera crescimento de sócios após arrancada inicial no Campeonato Brasileiro Imagem: NELSON PEREZ/FLUMINENSE F.C.

Rodrigo Paradella

Do UOL, no Rio de Janeiro

01/05/2015 06h00

Na expectativa de alavancar um projeto que estava estagnado, o Fluminense anunciou no fim de março o lançamento de novas modalidades de seu plano de sócio torcedor. As mudanças atraíram cerca de 1.300 sócios em um mês, atingindo assim o maior número em dois anos: 24.625 associados no total.

A única ressalva em relação ao crescimento é que o ritmo ainda é muito lento para que o Fluminense atinja até o final do ano a meta de 35 mil sócios estabelecida para 2014. O objetivo é mais conservador que o inicialmente traçado também no ano passado, que era de 50 mil. O vice presidente de marketing do Tricolor, no entanto, mostrou-se animado com os números.

"Esse mês é de ajuste, lançamos mesmo sabendo que no carioca teríamos dificuldade de dar os benefícios. Mas tínhamos uma troca grande, então aproveitamos para ajustes. Temos recebidos relatos de dificuldades dos torcedores e temos feitos as mudanças necessárias. Cumprimos a primeira etapa bem", explicou Marcello Gonçalves.

A confecção do projeto foi cercada de polêmica, principalmente pela terceirização de alguns processos relacionados à sua operação, como o controle do cadastro dos sócios. Além do antigo plano único, de R$ 35, o torcedor agora pode optar por outros cinco planos, que vão de R$ 10 (modalidade Mascote, para crianças) e R$ 205 (Premium, com direito a camisa oficial após 12 meses). Segundo o responsável pelo marketing tricolor, a variedade de ofertas tem aumentado o lucro do clube com os pacotes.

"Esse primeiro crescimento é fruto da oferta, a gente tinha uma oferta única do qual o único atrativo era o voto. A gente tinha uma nítida impressão que esse modelo de produto único tinha esgotado. E fizemos isso. Uma coisa que trabalhamos mal pela falta de investimento - e esperamos trabalhar melhor - é a propaganda dos benefícios", explicou o dirigente. "O pessoal tem comprado os planos mais caros. O nosso ticket médio [preço pago em média pelo associado] era de R$ 35, já que havia somente um plano, e agora está próximo de R$ 50", exemplificou.

A expectativa do Fluminense é que o crescimento se mantenha constante num segundo mês após a arrancada inicial apoiada pela disputa do Campeonato Brasileiro. Ao contrário do Carioca, o Tricolor poderá oferecer os benefícios aos seus torcedores em todas as partidas, o que aumenta a atratividade dos planos.

"Agora, no Brasileiro, o principal benefício fica mais palpável. Esperamos manter um ritmo de crescimento mensal constante. Queremos manter uma linha reta para cima. Trabalhar por um salto positivo em todos os meses. Entra agora o desempenho esportivo, acreditamos que teremos uma boa campanha. E investimento em marketing, que ainda saberemos de quanto poderemos dispor", explicou Marcello. "Nossa meta inicial é crescer todos os meses, o quanto vamos crescer", encerrou.

Os novos planos já podem ser conhecidos com mais detalhes e adquiridos pelo torcedor do Fluminense no site do clube ou diretamente na página oficial do programa. Um dos grandes atrativos, o direito de voto permanece restrito àqueles que pagam ao menos R$ 35 por mês por ao menos dois anos consecutivos, ou seja, novos adeptos não poderão votar em 2016.