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Atlético-MG é recebido por um atleticano-cruzeirense na terra do ET

Marcelo Borges nasceu na cidade de Cruzeiro, mas é torcedor do Atlético-MG - Victor Martins/UOL Esporte
Marcelo Borges nasceu na cidade de Cruzeiro, mas é torcedor do Atlético-MG Imagem: Victor Martins/UOL Esporte

Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

02/05/2015 17h30

Pela primeira vez na história a final do Campeonato Mineiro vai acontecer em Varginha. Mas nem por isso a cidade mudou a rotina na véspera da decisão entre Caldense e Atlético-MG. Não fosse uma carreata promovida pelos torcedores alvinegros que acompanharam a delegação do aeroporto até o hotel, seria impossível saber que a decisão do Estadual vai acontecer na cidade que fica a cerca de 300 quilômetros de Belo Horizonte.

Cerca de 300 torcedores ficaram por quase uma hora esperando a chegada do Atlético, que estava previsto para acontecer às 14h40, mas foi somente às 15h05. Entre os apaixonados que faziam muita festa pelo rápido contato com os ídolos estava um especial, um cruzeirense que é atleticano. Nascido em Cruzeiro, no interior de São Paulo, o encarregado de produção Marcelo Borges viajou por quase 200 quilômetros para acompanhar o time do coração.

“Eles falam que quem nasce em Cruzeiro é cruzeirense, mas não comigo, pois sou atleticano”, comentou Marcelo, que tem esse nome por causa de Marcelo Oliveiro. O atual técnico do Cruzeiro foi marcou época como jogador do Atlético e serviu para Salvador Borges se inspirar na escolha do nome de um dos filhos. O outro se chama Reinaldo, lógico que a escolha aconteceu por causa do maior artilheiro alvinegro de todos os tempos.

Aliás, foi do pai que Marcelo herdou a paixão pelo Atlético. Cruzeirense de nascimento, ele nunca morou em Minas Gerais. Mas como o ‘Seu Salvador’ é mineiro de Aiuruoca, também no sul do estado. Inclusive, Marcelo Borges tira onda e diz que é meio parente da atriz Ísis Valverde, que também é natural de Aiuruoca e torcedora do Atlético.

A relação com personalidades vai além. Usando uma camisa de jogo número de 19 da temporada 2010, ele revelou se tratar de um presente do ex-árbitro Paulo César de Oliveira, que também é de Cruzeiro. “Somos amigos, ele até me deu essa camisa alguns anos atrás”, contou o torcedor, que enxerga o Corinthians como o grande rival, pois convive diariamente com corintianos.

Assim como os alguns torcedores, Marcelo exagerou na hora de tentar algum contato com os jogadores e acabou cortando a mão esquerda no alambrado do aeroporto. Depois de ficar algumas horas por conta do time, o atleticano-cruzeirense seguiu para o Estádio Dilzon Melo, local da partida. Acompanhado por amigos, ele foi em busca de mais algumas fotos e recordações desses contatos tão raros com os ídolos e o clube do coração.