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Ex-zagueiro do Palmeiras diz que Vila "desconcentra" adversários

Toninho Cecílio, que disputou o Paulista como técnico do XV de Piracicaba - Fernando Ribeiro/Site oficial do Criciúma
Toninho Cecílio, que disputou o Paulista como técnico do XV de Piracicaba Imagem: Fernando Ribeiro/Site oficial do Criciúma

Vagner Magalhães e Vanderlei Lima

Do UOL, em São Paulo

02/05/2015 06h00

Ex-zagueiro do Palmeiras e técnico o XV de Piracicaba no Campeonato Paulista que se encerra neste domingo, Toninho Cecílio espera uma final equilibrada entre Santos e Palmeiras. Apesar de o Palmeiras precisar de apenas um empate para ficar com o título, ele acredita que o jogo na Vila Belmiro vai exigir uma equipe muito concentrada. Isso porque, na opinião dele, o estádio tem um ambiente que costuma desconcentrar os jogadores adversários.

Depois de assumir o XV de Piracicaba com três pontos, na sétima rodada, em substituição a Roque Júnior, Cecílio levou o time às quartas de final do torneio. Foi eliminado justamente na Vila, depois de um 3 a 0 para o Santos.
"O Santos joga muito suas fichas na Vila. Eu enfrentei eles lá e mesmo sendo avisado de uma série de coisas que acontecem no estádio, não tivemos sucesso. É um lugar que coloca o torcedor muito próximo. Você não consegue se comunicar durante a partida. A gente viveu isso. Faltou concentração para o meu time e o Santos vai explorar isso também contra o Palmeiras. É difícil se concentrar lá", diz.
De acordo com Cecílio, será um duelo entre a consistência e a eficiência do Palmeiras contra o futebol arte e a imprevisibilidade do Santos. "Há um duelo bem claro nessa decisão. O Palmeiras vem em um bom momento, eliminou um arquirrival que foi o Corinthians, e tem um treinador que disputou a final do ano passado. Ele perdeu para o Ituano, mas tem essa bagagem", diz.
Para Cecílio, o ponto forte do Santos é o Lucas Lima, que se movimenta muito. "Ele é um grande diferencial. O apoio dos laterais também. Tem de fechar os corredores para jogar contra o Santos. Os dois laterais são muito agressivos. O Chiquinho já foi meia atacante e eles apoiam muito. Jogam com o Robinho e o Geuvânio", diz ele.
Para o treinador, a troca que o Santos promoveu, com a saída de Enderson Moreira e a efetivação de Marcelo Fernandes é parecida à que aconteceu no Palmeiras, quando Vanderlei Luxemburgo deixou o time e Jorginho assumiu a equipe, em 2009.
"Naquela ocasião, o time melhorou. No Santos, o Marcelo Fernandes e o Serginho Chulapa estão lá há algum tempo e conhecem os jogadores, o ambiente. O trabalho teve uma continuidade boa sem perda de resultados até a chegada de um novo treinador. Este é o papel da comissão técnica fixa eficiente. A coisa andou bem e o Santos está jogando leve. E jogar leve para o Santos é atender a história do clube, que exige jogadores leves, jovens. O jogo do Santos está assim como pede a sua história", diz ele.
Por outro lado, ele vê semelhanças do time atual do Palmeiras com o de 2008, que levantou o último título paulista para o clube, com Luxemburgo no comando.
"Eu vejo semelhanças. Porque nós mudamos de treinador em dezembro de 2007. Saiu Caio Junior, nós deixamos escapar em casa uma vaga na Libertadores depois de perder para o Atlético-MG. Foi feita uma reformulação com a chegada do Vanderlei. Eu era diretor de futebol à época. Montamos um time diferente do de 2007, mais fortalecido. Tínhamos muitas opções de jogo como hoje tem o Osvaldo. Tínhamos Diego Souza, Valdívia, Alex Mineiro, que se tornou o artilheiro do Campeonato."