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Dunga minimiza 7 a 1 e diz que seleção ainda é respeitada pelos rivais

Do UOL, em São Paulo

05/05/2015 11h55

Dunga minimizou, de novo, o impacto do vexame da Copa do Mundo de 2014. Para o treinador da seleção brasileira, o 7 a 1 não diminuiu o respeito que a equipe verde-amarela inspira nos principais rivais e a goleada é um caso isolado.

“O que aconteceu na Copa é um fato único. Queremos ganhar, a seleção é referência. O futebol brasileiro segue admirado, a camisa da seleção segue respeitada. Você pode ver a importância que a França deu para o jogo contra o Brasil, que o Chile deu. Isso mostra que a seleção é respeitada”, disse Dunga, referindo-se ao fato de que as duas seleções escalaram suas principais estrelas – e perderam.

A declaração do treinador tenta mostrar que o 7 a 1 não apagou a aura de superioridade que a seleção brasileira criou em torno de si ao longo de sua história. Desde que assumiu, Dunga vem tentando mostrar que o suposto abismo entre o futebol praticado no país e o europeu não é tão grande quanto a derrota para a Alemanha pode sugerir.

“Nós vimos durante a Copa e ainda ouvimos diariamente sobre futebol moderno, novas táticas, novos sistemas. Nesses últimos meses fui ver as partidas da Copa e ver os jogos que eu jogava na Itália e o que comentavam naquela época [meio dos anos 1990]. Na Copa quase todas as equipes estavam marcando atrás do meio de campo. Às vezes dez metros atrás da linha do meio. Na Itália chamavam isso de catenaccio”, disse Dunga, para prosseguir em seguida na explicação.

“Mas não era moderno? Estamos pegando as coisas lá atrás? É que agora é com equipes mais compactas. Isso me fez pensar se estamos atrasados, se estão tão modernos ou se mudou a palavra catenaccio por compacto. Continua como lá atrás, a qualidade técnica está fazendo a diferença. Se medirmos só na Copa, só dois jogos, teremos uma distância. Mas se medirmos ao longo do tempo, não estamos tão atrasados como falam”, disse Dunga.