Sócio-torcedor do Fla não decola e repetição de 'modelo Cirino' fica longe
Marcelo Cirino é jogador do Flamengo há 123 dias. O camisa 7 foi contratado com o apoio de um grupo de investidores e se transformou na bandeira do programa de sócio-torcedor. A ação foi tratada como um exemplo prático do Nação Rubro-Negra na chegada de reforços e fez a diretoria prometer um "novo Cirino" ao atingir a marca de 80 mil membros no projeto.
O problema é que se passaram quatro meses e o número de adesões foi mínimo. Eram pouco mais de 52 mil inscritos no dia da apresentação de Cirino. Até o fechamento da matéria, 53.196 torcedores colocavam o Nação Rubro-Negra na oitava colocação entre os 61 clubes do ranking Movimento Por Um Futebol Melhor.
A administração Bandeira de Mello tinha a convicção de que a aquisição de Marcelo Cirino mobilizaria a torcida em torno do desejo de contar com outro reforço de peso. A promessa foi feita por esta razão. Mas os torcedores não compraram a briga e dificultaram a meta da diretoria.
O objetivo ainda é alcançar 80 mil sócios até o meio do ano. Desta forma, o Rubro-negro terá de conseguir um crescimento recorde e conquistar quase 27 mil membros em menos de dois meses.
“É uma promessa. Se atingirmos 80 mil sócios até a metade de 2015, faremos outra operação do porte da que trouxe o Marcelo Cirino para o Flamengo. Será o jogador que o Vanderlei Luxemburgo pedir e se encaixar melhor no segundo semestre. Vamos sonhar alto com um número cada vez maior de sócios. A coisa pode melhorar com 90 mil, 100 mil...”, afirmou o presidente Eduardo Bandeira de Mello, em 2 de janeiro.
A estratégia não obteve sucesso até o momento e o Flamengo estuda contratações sem o auxílio do sócio-torcedor. O atacante Robinho é o sonho de Vanderlei Luxemburgo. O jogador é visto como um ídolo e potencial condutor de adesões ao Nação Rubro-Negra.
Enquanto as possibilidades seguem em análise, os relatos de problemas no sócio-torcedor continuam. Os questionamentos mais comuns envolvem os benefícios do programa e os valores das mensalidades. Na última quinta-feira (30), a diretoria iniciou uma espécie de reformulação no departamento de marketing e comunicou os desligamentos dos diretores Fred Mourão e Guilherme Monnerat.
Com mudanças e incógnitas, o Flamengo tem o português Benfica e seus mais de 127 mil sócios como exemplo. O sonho ainda é competir com os clubes europeus. Mas, no momento, a realidade é cruel no que envolve a “menina dos olhos” da diretoria.
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