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Copa do Brasil é inspiração para meia lidar com primeiras vaias da carreira

Em 2014, Dátolo foi bastante criticado em derrota no Rio, mas deu o troco em Minas - Buda Mendes/Getty Images
Em 2014, Dátolo foi bastante criticado em derrota no Rio, mas deu o troco em Minas Imagem: Buda Mendes/Getty Images

Enrico Bruno

Do UOL, em Belo Horizonte

07/05/2015 18h18

Após o técnico Levir Culpi sair em defesa de seus jogadores, chegou a vez do meia Dátolo comentar sobre a partida ruim feita diante do Internacional e, segundo ele, as primeiras vaias recebidas em onze anos de carreira como jogador profissional. Na partida da última quarta-feira, Dátolo foi alvo de vaias por parte dos torcedores atleticanos no Horto, que não gostaram do desempenho do jogador. Em campo, o argentino teve a função principal de armar as jogadas, mas, assim como ocorreu nas últimas partidas, desempenhou o compromisso com desempenho aquém do esperado.

Em 2015, Dátolo já participou de 13 jogos com o Atlético-MG. O primeiro e até então único gol saiu apenas na primeira rodada do estadual, campeonato em que somou apenas um passe para gol. No ano passado, o meia encerrou o ano como líder de assistências (18), superando os números do craque Ronaldinho Gaúcho.

“Se eu serei questionado ou não, deixo para o torcedor decidir. Acho que não joguei bem, não tive uma grande partida. Todo mundo conhece o Levir, sabe como ele pensa de cada jogador e vai defender cada atleta, assim como iremos defender o treinador. A gente está fechado nisso, não vou entrar em campo para jogar mal, às vezes acerto ou não, mas o pensamento é de sempre entrar para representar bem a camisa do Atlético”, disse.

No Atlético-Mg desde 2013, o argentino mesclou bons momento com rendimentos abaixo do esperado, seja atuando nas pontas do gramado ou no meio. Atualmente, na ausência de Guilherme, Levir tem escalado Dátolo com a função de organizador. Os pontas Luan, Carlos e Thiago Ribeiro (no duelo contra o Inter) auxiliam na construção das jogadas, mas cabe ao argentino a tarefa principal.

“Eu senti muito ontem, foi a primeira vez que fui vaiado na carreira. Nunca imaginei que a torcida do Atlético fosse me vaiar um dia. Mas acontece, sou um cara forte, estou sempre pensando em melhorar. Não foram todos (os torcedores que criticaram), mas sou muito forte. Ano passado joguei mal contra o Flamengo e voltei a jogar bem. Sou forte e conseguirei sair pela frente”, acrescentou.

A partida citada pelo jogador aconteceu pelo primeiro jogo da semifinal da Copa do Brasil, na temporada passada. No Rio, derrota alvinegra por 2 a 0 com atuação apagada do meia. Na volta, em Belo Horizonte, vitória por 4 a 1, e boa partida do argentino, que balançou as redes em uma ocasião.

De contrato renovado e situação resolvida no clube, Giovanni Augusto surge como uma possível opção de Levir para auxiliar na criação das jogadas e oferecer mais intensidade ao jogo, mas o treinador não deu sinais de que pretende fazer alguma troca na equipe. No banco, o técnico ainda conta com Cárdenas, que já desempenhou esta função, mas desde que chegou ao clube mineiro, não convenceu o professor nem os torcedores.