Justiça da Espanha leva a juízo dirigentes do Barça por 'caso Neymar'
A Justiça da Espanha levará a juízo o presidente do Barcelona, Josep Maria Bartomeu, e o ex-mandatário do clube, Sandro Rosell, por três delitos fiscais referentes à transação de Neymar para o time catalão, em 2013. O Barcelona, como figura jurídica, também responderá judicialmente por fraude fiscal.
O juiz José de la Mata apresentou auto que põe fim à instrução do caso e leva os dirigentes ao banco dos réus. A Audiência Nacional, de Madri, pediu 2 anos e 3 meses de prisão a Bartomeu, e 7 anos e 3 meses a Rosell. A Justiça espanhola quer que o Barcelona pague 33 milhões de euros (R$ 112 milhões) de indenização à União.
Estima-se que os dirigentes do Barcelona desviaram cerca de 13 milhões de euros (R$ 44 milhões), referentes a impostos da compra dos direitos do atacante brasileiro.
Rosell é acusado de apropriação indébita. Ele é investigado por informar erradamente ao fisco espanhol valores que incompatíveis à negociação que tirou Neymar do Santos rumo ao Barça. Rosell deixou a presidência do Barcelona em janeiro de 2014 em virtude da nebulosa negociação de Neymar.
O dinheiro envolvido no acordo era muito superior ao declarado. Já o atual presidente do Barça nega apropriação indébita e culpa o antecessor.
O Ministério da Fazenda da Espanha calcula que a transação de Neymar representou 82 milhões de euros e mais 12 milhões de euros em tributos, totalizando 94 milhões de euros.
Na época, o clube espanhol disse ter desembolsado 57,1 milhões de euros para contratar o brasileiro.
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