Topo

Justiça da Espanha leva a juízo dirigentes do Barça por 'caso Neymar'

Ex-presidente do Barcelona, Sandro Rosell, responderá judicialmente por delitos fiscais - Alejandro García/EFE
Ex-presidente do Barcelona, Sandro Rosell, responderá judicialmente por delitos fiscais Imagem: Alejandro García/EFE

Do UOL, em São Paulo

13/05/2015 12h06

A Justiça da Espanha levará a juízo o presidente do Barcelona, Josep Maria Bartomeu, e o ex-mandatário do clube, Sandro Rosell, por três delitos fiscais referentes à transação de Neymar para o time catalão, em 2013. O Barcelona, como figura jurídica, também responderá judicialmente por fraude fiscal.

O juiz José de la Mata apresentou auto que põe fim à instrução do caso e leva os dirigentes ao banco dos réus. A Audiência Nacional, de Madri, pediu 2 anos e 3 meses de prisão a Bartomeu, e 7 anos e 3 meses a Rosell. A Justiça espanhola quer que o Barcelona pague 33 milhões de euros (R$ 112 milhões) de indenização à União.

Estima-se que os dirigentes do Barcelona desviaram cerca de 13 milhões de euros (R$ 44 milhões), referentes a impostos da compra dos direitos do atacante brasileiro.

Rosell é acusado de apropriação indébita. Ele é investigado por informar erradamente ao fisco espanhol valores que incompatíveis à negociação que tirou Neymar do Santos rumo ao Barça. Rosell deixou a presidência do Barcelona em janeiro de 2014 em virtude da nebulosa negociação de Neymar.

O dinheiro envolvido no acordo era muito superior ao declarado. Já o atual presidente do Barça nega apropriação indébita e culpa o antecessor

O Ministério da Fazenda da Espanha calcula que a transação de Neymar representou 82 milhões de euros e mais 12 milhões de euros em tributos, totalizando 94 milhões de euros.

Na época, o clube espanhol disse ter desembolsado 57,1 milhões de euros para contratar o brasileiro.