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Personal e carinho da mãe: a rotina de Jobson após 'pena de morte' da Fifa

Vitor Silva / SSPress
Imagem: Vitor Silva / SSPress

Bernardo Gentile

Do UOL, no Rio de Janeiro

15/05/2015 06h00

A suspensão de 4 anos imposta pela Fifa a Jobson por se recusar a fazer um exame antidoping quando atuava na Arábia Saudita foi considerada pelo técnico René Simões como uma verdadeira pena de morte. Impedido até de frequentar os treinamentos do Botafogo, o atacante mantém a forma no seu condomínio. O atacante não está sozinho em uma das fases mais complicadas da carreira. Além de contar com todo o estafe do Alvinegro, ele trouxe a mãe, Lourdes, que deixou Conceição do Araguaia, no interior do Pará, para dar carinho ao filho.

A última aparição de Jobson no Botafogo foi na final do Campeonato Carioca, contra o Vasco, no dia 3 de maio. Ele foi ao Maracanã dar força aos companheiros. Após uma breve visita no vestiário, o jogador presenciou o vice-campeonato em um dos camarotes do estádio, ao lado de outros companheiros que não puderam entrar em campo, caso de Jefferson, em recuperação de cirurgia no joelho.

Jobson não recebeu bem a notícia de que havia sido punido pela Fifa e imediatamente ligou o sinal de alerta do Botafogo contra uma possível recaída. O técnico René Simões colocou o coaching Paulo Serrano para ficar em contato com o atacante neste período. O profissional até foi ao apartamento do jogador, mas mantém conversas frequentes por telefone, uma maneira de manter o foco em uma possível volta ao futebol.

“Eu sou partidário de que cada um tem que ser responsável pelo que faz, mas eu sou contra pena de morte. O que estão fazendo com o Jobson é pena de morte. Ele tem 27 anos, uma suspensão dessas é pena de morte, sendo que ele não pode nem treinar com o grupo”, disse o técnico René Simões após ser notificado sobre a punição da Fifa.

Os advogados de Jobson tentam um recurso para que a suspensão seja invalidada e ele possa voltar a exercer sua profissão. O Botafogo cumpre seu papel e organizou uma cartilha para o atacante manter a forma. Há um revezamento entre os preparadores físicos Emílio Faro e Felippe Capella, que vão quase que diariamente orientar e cobrar o jogador nas atividades.

Jobson tem contrato com o Botafogo até o fim de junho, quando ficará livre no mercado. Sem poder atuar, a carreira do atacante vive um momento decisivo. Se a pena for mantida, ele só poderá voltar aos gramados com 32 anos.