Flamengo tem o seu 'Schweinsteiger', mas não confia tanto assim nele
O volante Jonas chegou ao Flamengo em janeiro como uma das principais apostas da diretoria para a temporada. Apelidado de “Schweinsteiger do Nordeste”, o maior ladrão de bolas da Série B de 2014 é visto na Gávea como garantia de lucro. Por outro lado, o excesso de vontade do atleta preocupa a comissão técnica desde o Campeonato Carioca.
Jonas disputou 13 partidas com a camisa rubro-negra em 2015 e foi titular em 11 oportunidades. Ao iniciar os duelos, o jogador recebeu cinco cartões amarelos e acabou substituído três vezes ainda no intervalo. O objetivo de Vanderlei Luxemburgo era evitar a possível expulsão por conta do segundo cartão.
Na primeira partida da semifinal do Campeonato Carioca, Jonas acertou um chute no rosto do atacante vascaíno Gilberto e recebeu o amarelo aos 11 minutos do primeiro tempo. O volante deixou o campo aos 19 minutos para impedir uma punição ainda maior.
O “Schweinsteiger do Nordeste” costuma ser elogiado pela qualidade técnica, preparo físico e força na marcação. Porém, a média aproximada de um cartão amarelo a cada dois jogos antecipa uma substituição e vira um desafio para Luxa e comissão técnica.
Os profissionais do departamento de futebol rubro-negro desejam transformar o volante em um atleta mais confiável e capaz de evitar surpresas desagradáveis nas partidas. Luxemburgo tem conversado com Jonas e praticamente o “adotou” desde a reta final do Estadual.
“Conversamos muito. Somos radicais no futebol. Se analisarmos o comportamento do Jonas, o que tem feito, não se trata de um atleta violento. Não podemos caracterizá-lo assim. O meu papel é orientá-lo. Ele tem um potencial muito grande. Não posso perdê-lo. Tem futuro”, afirmou Luxa, logo após a eliminação do Flamengo no Campeonato Carioca.
Aos poucos, Jonas tenta encontrar o caminho na Gávea. A cobrança é intensa, mas ele ainda conta com o respaldo do treinador para fazer a carreira decolar no Rubro-negro depois das recentes críticas e dos sustos na torcida.
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