Marin está em cela individual e passa bem, diz Justiça suíça
O Ministério da Justiça suíça informou nesta quinta-feira que todos os sete dirigentes detidos estão em presos em celas individuais. Todos passam bem de saúde, apresentou comunicado. O ex-presidente da CBF, José Maria Marin, de 83 anos, está entre os detidos.
O local onde os dirigentes estão detidos é mantido em sigilo pelas autoridades da Suíça. A reportagem do UOL Esporte esteve no Consulado do Brasil em Zurique. O departamento informou que aguarda pedido documentado da defesa de Marin para tentar interceder junto à polícia suíça.
Marin e os seis dirigentes da Fifa foram presos na quarta-feira sob a acusação de corrupção, extorsão e lavagem de dinheiro em contratos comerciais de torneios da América do Sul e Central. A investigação foi coordenada pela FBI e contou com o auxílio da polícia da Suíça.
A Justiça dos EUA informou que os envolvidos podem pegar até 20 anos de prisão. As autoridades norte-americanas pediram a extradição dos presos em Zurique.
No entanto, o Ministério da Justiça suíço comunicou que a maioria dos detidos se recusou a deixar a Suíça rumo aos EUA. Neste caso, eles terão de permanecer por pelo menos 40 na Europa.
Relato da detenção na Suíça: lençol branco e sem algemas
Dois repórteres do jornal americano "The New York Times", que estão na Suíça para acompanhar o Congresso da Fifa, presenciaram o momento em que sete integrantes da entidade, incluindo o ex-presidente da CBF José Maria Marin, foram presos no hotel Baur au Lac, em Zurique.
A ação foi levada a cabo pelas autoridades suíças sem grande alarde e sem invasão de quartos. Os oficiais, inclusive, esperaram os dirigentes da Fifa se vestirem, uma vez que as prisões foram realizadas logo no início da manhã, entre 6h e 8h locais.
Palco da operação, o Baur au Lac é um hotel de luxo, com mais de 171 anos e localizado no centro da cidade suíça. Segunda consta em seu site oficial, foi em uma de suas salas que deu-se a criação do Prêmio Nobel.
"Quando o relógio suíço marcou 6 horas, mais de uma dúzia de oficiais de justiça à paisana entraram sem alarde por uma porta giratória localizada na frente do hotel. Eles se dirigiram ao balcão da recepção, em que eles apresentaram documentos do governo e pediram o número dos quartos de algumas das figuras do mais alto escalão do futebol, que estavam no hotel para o encontro anual da Fifa, o órgão que regula o futebol no mundo", relata o jornal.
Leia a notícia completa.
Seja o primeiro a comentar
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.