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Ministério do Justiça analisará abertura de inquérito no Brasil sobre Fifa

Rodrigo Mattos

Do UOL, no Rio de Janeiro

28/05/2015 12h01

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, analisará junto à Procuradoria Geral da República a possibilidade de abertura de investigações próprias no Brasil relacionadas às irregularidades cometidas por dirigentes e ex-dirigentes da CBF descobertas nos EUA. A Polícia Federal já está atuando para ajudar autoridades norte-americanas na apuração do caso que levou a prisão do ex-presidente da confederação José Maria Marin.

“Recebemos uma solicitação de cooperação internacional dos Estados Unidos a qual não posso falar do conteúdo porque está submetido a sigilo. O Brasil tem a firme posição, por meio do Ministério da Justiça, de colaborar naquilo que for necessário com as autoridades policiais dos Estados Unidos ou de quaisquer outros países que por ventura queiram investigar esses fatos”, afirmou Cardozo, em entrevista coletiva concedida nesta quinta-feira (28).

Cardozo afirmou que fará uma reunião com o procurador geral da República, Rodrigo Janot, para discutir a atuação do organismo brasileiro no caso. A intenção é estabelecer uma forma coordenação com a Polícia Federal relacionada na investigação. E, com isso, devem ser abertos inquéritos sobre o caso Fifa.

“Nós só podemos investigar delitos que sejam apontados pela legislação brasileira. Se no caso houver, e é bem provável que haja, delitos configurados perante a legislação brasileira, a Polícia Federal abrirá os devidos inquéritos e fará uma investigação rigorosa em relação a isso”, completou Cardozo.

A PF já fez uma busca e apreensão na sede da empresa Klefer, do ex-presidente do Flamengo Kléber Leite, que é um dos investigados pelo Departamento de Justiça Americano. Inicialmente, a PGR informara que a colaboração com os norte-americanos, se ocorresse, seria em sigilo.

 Há uma urgência e interesse do governo, no entanto, em intensificar investigações sobre a CBF. Até porque o governo tem um plano de reformulação do futebol por meio de medida provisória editada pela presidente da República, Dilma Roussef,  que sofre resistência da própria confederação.