Topo

Brasil votou em Blatter para presidente da Fifa: "é experiente"

João Henrique Marques

Do UOL, em Zurique (Suíça)

29/05/2015 15h06

Segundo apurou o UOL Esporte, o Brasil votou pela reeleição de Joseph Blatter como presidente da Fifa. Encerrando o 65º Congresso Técnico, o cartola ganhou do príncipe da Jordânia Ali Bin Al Hussein e assume nesta sexta-feira (29) seu quinto mandato na entidade.

Segundo Mauro Carmélio, presidente da Federação Cearense de Futebol e o responsável pelo voto do Brasil em Zurique, na Suíça, a opção deve ser bastante positiva para o futebol brasileiro.

"Blatter tem uma grande experiência, um carinho muito grande pelo futebol brasileiro, um trabalho já realizado, o torcedor brasileiro conhece o trabalho todo. O Brasil está bem servido, tanto com o Blatter como com o príncipe", disse.

Em maio, o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, chegou a dizer que a Conmebol iria votar em bloco no suíço. No entanto, Mauro Carmélio disse que a confederação sul-americana não se uniu: "Houve várias reuniões de terça-feira (26) para cá, mas não houve votação em bloco. Havia um acordo da votação em bloco no segundo turno, estava tudo programado quando o príncipe renunciou", esmiuçou.

A teoria de Carmélio é confirmada pelo jornal argentino Clarín, que revela o voto da Argentina em Ali Bin Al Hussein. Apesar desta divisão, dos 209 votos, 133 escolheram pela continuidade de Blatter e apenas 73 aderiram ao príncipe da Jordânia - além de três abstenções.

Carmélio fala sobre José Maria Marin

É um susto. Soube pela imprensa nacional e infelizmente aconteceu. É desagradável para todo futebol. Não é só para a CBF. Como reflexo agora temos que trabalhar mais ainda, e mostrar que isso não é nossa realidade. Foi a ação de uma pessoa. Ele é um grande esportista, cidadão e nós torcemos muito que não haja nenhum envolvimento.

Sobre a ausência de Marco Polo Del Nero

O Marco não podia votar como membro do Comitê Executivo da Fifa. A pessoa que votaria era o Marin, mas sem essa condição já estava designado que seria eu a votar. O Marco entendeu que precisava estar no Brasil para ver e ouvir o que está sendo requisitado. Tanto que ele já ontem mesmo mandou toda a documentação necessária para o Ministério Público Federal.