Topo

Brasil usa cartola do Ceará em eleição; Blatter pede 'espírito de equipe'

João Henrique Marques

Do UOL, em Zurique (Suíça)

29/05/2015 05h34

A CBF confirmou sua participação na eleição que definirá o novo presidente da Fifa. Sem o presidente Marco Polo del Nero, que voltou para o Brasil, Mauro Carmélio, presidente da Federação Cearense, exercerá o direito de voto da confederação nacional.

A delegação brasileira em Zurique (Suíça) era composta por quatro pessoas: Marco Polo del Nero (presidente da CBF e membro do comitê executivo da Fifa) e mais três delegados. Com a ação do FBI e da polícia suíça, tuo mudou. José Maria Marin, um dos delegados, foi detido; Del Nero viajou de volta para o Brasil.

Sobraram dois delegados: Carmélio e André Pitta, presidente da Federação Goiana. O dirigente cearense não indicou em qual candidato votará na eleição para presidente da Fifa. Joseph Blatter e Ali bin al-Hussein estão na disputa pelo cargo.

Em discurso nesta sexta-feira, Blatter pediu união e reafirmou o compromisso de combate à corrupção. “Os eventos na quarta-feira desencadearam uma tempestade e houve mesmo questionamentos se o congresso aconteceria ou se a agenda seria alterada. Hoje, apelo pela união e espírito de equipe. Não será fácil, mas esta é a razão pela qual estamos aqui hoje. Estamos aqui para resolver [os problemas]. Isso pode não acontecer em um dia, mas estamos começando”, disse o presidente da entidade e que tenta a reeleição.

“Vamos trabalhar. Não vamos falar sobre problemas; vamos resolvê-los. O ponto importante é a transparência. Onde está nosso futebol? Onde a Fifa se coloca no mundo? É na luta contra a corrupção, manipulação de resultados e racismo, que ainda existem nos jogos e machuca. Temos a chance de criar uma unidade”, afirmou Blatter.

Por fim, o presidente da Fifa fez um apelo. "Devemos fazer isso com vocês. Vocês são os embaixadores e as embaixadoras de nosso futebol. Vocês têm o poder e também o dever de mudar o rosto da Fifa e esse poder está dentro de vocês, em seus corações. É um poder que não pode ser comprado em lugar nenhum. É o poder intrínseco de cada Federação integrante da Fifa. Vamos trabalhar com concentração, buscar soluções e olhar para a frente", completou.