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Uefa evita falar em boicote e se orgulha por ter tentado mudar a Fifa

Do UOL, em São Paulo

29/05/2015 16h06

O presidente da Uefa, Michel Platini, adotou tom muito mais leve nesta sexta-feira ao comentar a vitória de Joseph Blatter nas urnas. Um dia antes, Platini cogitou a saída das seleções da Europa do quadro da Fifa caso houvesse reeleição do suíço. Desta vez, o mandatário preferiu ressaltar a maneira como a Uefa encarou o pleito.

“Eu estou orgulhoso pela maneira como a Uefa defendeu um movimento de mudança na Fifa. Essa mudança é crucial para que a organização recupere a credibilidade”, disse.

Na eleição que definiu seu quinto mandato à frente da Fifa, Blatter teve como único adversário o príncipe jordaniano Ali Bin Al Hussein.

Blatter teve 103 votos, contra 73 do Príncipe Ali, único rival. A votação não chegou a ir para o segundo turno; Ali desistiu, ciente da impossibilidade de reverter diferença enorme em relação ao adversário.

A conduta de Blatter no comando da Fifa tem gerado críticas por parte de Platini. Na véspera da eleição, o ex-jogador francês disse que o melhor para a Fifa seria a renúncia do atual mandatário.

"Eu disse a ele [Blatter] que precisava falar cara a cara. Ele me respondeu que teria que ser na frente de todos. Eu pedi então para ele se demitir, deixar o comando porque a Fifa está passando por uma imagem terrível".

Em seu discurso de vitória, Blatter declarou que “sozinho não conseguirá reerguer a Fifa”, pedindo força coletiva para recuperação da imagem da entidade, castigada após o maior escândalo de sua história.