Blatter nega saber de propina, ataca EUA e não teme ser preso: 'Por quê?'
Reeleito presidente da Fifa, Joseph Blatter reforçou a ideia de que não vai assumir sozinho a responsabilidade pelo escândalo de corrupção que assola a entidade. Em entrevista coletiva concedida neste sábado em Zurique (Suíça), o dirigente também voltou a alfinetar a participação dos Estados Unidos nas investigações. Além disso, demonstrou não temer ser preso.
O dirigente negou saber algo sobre uma suposta propina de US$ 10 milhões detalhada por Jack Warner, ex-presidente da Concacaf e ex-presidente da Fifa. “Se isso está em algum lugar nas investigações, deixe-a caminhar. Definitivamente, isso não é comigo”.
A coletiva da vitória de Blatter ainda teve seu momento de tensão. O presidente reeleito foi perguntado se tinha medo de ser preso e reagiu com irritação. "Preso por qual motivo?”, disse. “Próxima pergunta”, concluiu sem deixar o jornalista replicar.
Em entrevista exclusiva à emissora de TV suíça RTS, Blatter atacou de forma veemente a participação dos EUA nas investigações sobre o escândalo de corrupção. O presidente da Fifa também criticou Michel Platini, presidente da Uefa, e que havia pedido a renúncia do dirigente suíço.
“Não é uma simples coincidência este ataque americano dois dias antes da eleição da Fifae, em seguida, a reação de Michel Platini e da Uefa. Não tenho a certeza, mas, enfim, não me parece bem”. Questionado se perdoava Platini, Blatter foi sucinto: “Perdoo todos, mas não me esqueço”.
Blatter também reafirmou seu compromisso de combater a corrupção dentro da entidade. “Estou aqui como presidente da Fifa. Continuarei meu trabalho e a luta por boas coisas. Mas não estou sozinho. O comitê executivo disse estar comigo.”
Seja o primeiro a comentar
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.