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Eurico Miranda sobre decisão de Blatter na Fifa: 'Eu jamais renunciaria'

Eurico Miranda demonstrou preocupação com os transtornos que podem surgir no futebol brasileiro - Pedro Ivo Almeida/UOL
Eurico Miranda demonstrou preocupação com os transtornos que podem surgir no futebol brasileiro Imagem: Pedro Ivo Almeida/UOL

Do UOL, no Rio de Janeiro

02/06/2015 20h07

Figura polêmica do futebol brasileiro, o presidente do Vasco, Eurico Miranda, deu sua opinião sobre a bombástica renúncia do presidente da Fifa, Joseph Blatter, nesta terça-feira. Sempre com posições firmes, o dirigente cruzmaltino afirmou que não tomaria a mesma decisão do mandatário da entidade máxima do esporte.

“Ele deve ter tidos os seus motivos. Eu, pessoalmente, jamais renunciaria a qualquer coisa. Mas é uma coisa minha, fosse qual fosse o problema que eu precisasse enfrentar. Pelo que vi das declarações dele, parece que foi um problema de governabilidade. Que tenha sido só isso mesmo”, disse em coletiva em São Januário.

Eurico Miranda foi além e demonstrou preocupação com os transtornos que a decisão e as investigações do FBI podem causar no futebol brasileiro, que já teve o ex-presidente da CBF, José Maria Marín, preso.

“Espero que isso não traga problemas sérios para o futebol brasileiro. O que eu defendo é que o futebol estava sendo dominado por empresas e empresários. A Fifa estava, pelo menos, tentando regulamentar essa situação. A base do Vasco mesma foi destruída porque entregaram ela a pessoas que visavam seus interesses pessoais. Hoje posso garantir que os jogadores são do Vasco. A Fifa já tinha regulamentado isso e espero que não haja uma mudança radical. Os clubes não podem virar barriga de aluguel”, salientou.

Eurico possui uma relação próxima com Marín e com Marco Polo Del Nero, atual presidente da CBF. O dirigente, inclusive, foi recepcionado pela dupla na sede da entidade na semana seguinte à sua posse na presidência do Vasco.