Fred e Adidas estão em guerra. E um dos motivos é empresa de Silvio Santos

Herói da vitória sobre o Flamengo no último domingo e artilheiro do Campeonato Brasileiro com três gols, Fred vive excelente fase dentro de campo, mas, fora dele, a paz não é tão grande. O atacante está em litígio com um de seus principais patrocinadores, a Adidas, que também fornece uniforme para o Fluminense. As partes travam uma batalha na Justiça que pode render mais de 2 milhões de euros (cerca de R$ 7 milhões) ao jogador.
 
Em 2013, quando voltou em alta da Copa das Confederações, Fred foi procurado pela Adidas, que queria fazer do atacante seu expoente no continente americano. As partes firmaram contrato de três anos, com o camisa 9 recebendo três milhões de euros (cerca de R$ 10,5 milhões). Um ano depois, porém, com o fiasco do Brasil e do atacante na Copa do Mundo, a empresa tentou a rescisão amigável do compromisso. Fred não aceitou e a empresa decidiu suspender o pagamento ao jogador.
 
Na época, a Adidas alegou que o atacante não compareceu a um evento estabelecido no contrato – o lançamento da bola oficial do Mundial, em dezembro de 2013, no Parque Lage, no Rio -, além de não ter usado um modelo específico de chuteira durante a Copa. Na ocasião, o artilheiro alegou que o produto determinado pela patrocinadora o incomodava.
 
Fred, por sua vez, também mostrou insatisfação com a Adidas. Por contrato, a empresa poderia negociar produtos com o nome do jogador. O atacante chegou a gravar um comercial de um desodorante, mas a fornecedora de material esportivo cedeu à Jequiti (empresa de propriedade apresentador Sílvio Santos) a comercialização do produto, o que revoltou o camisa 9 do Fluminense.
 
Sem acordo, Fred seguiu usando chuteiras da Adidas até o final do Campeonato Carioca, quando foi orientado por seus advogados de que não precisava mais utilizá-las. Desde o começo do Campeonato Brasileiro, o artilheiro tricolor alterna chuteiras da empresa com a marca coberta (por pintura ou adesivos) e de outras marcas.
 
Uma das marcas utilizadas por Fred neste período, a Nike chegou a sondar o camisa 9, mas o atacante só deve fechar com uma nova fornecedora de material quando o litígio com a Adidas chegar ao fim.

Procurado pela reportagem através de sua assessoria de imprensa, Fred não se posicionou sobre a disputa com a fornecedora até a publicação .Em nota, a Adidas foi evasiva sobre o caso. Segundo a empresa, os contratos são confidenciais e há um respeito mútuo entre as partes.

"A adidas informa que todos os detalhes referentes aos contratos com jogadores são mantidos em confidencialidade. Em seu esforço de trabalhar cada vez mais próxima de federações, clubes e atletas, a marca busca criar relações de profissionalismo e respeito mútuo junto a seus parceiros", diz a nota.