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Líder da bancada da bola elogia CBF e se posiciona contra a CPI do Futebol

Jovair Arantes (PTB-GO) é um dos líderes da bancada da bola na Câmara - 15.jun.2010 - Sergio Lima/Folhapress
Jovair Arantes (PTB-GO) é um dos líderes da bancada da bola na Câmara Imagem: 15.jun.2010 - Sergio Lima/Folhapress

Daniel Brito

Do UOL, em Brasília

02/06/2015 11h57

O deputado federal Jovair Arantes (PTB-GO), presidente  presidente do Conselho Deliberativo do Atlético Goianiense, é um dos parlamentares que maior destaque teve atuando pela bancada da bola. Em entrevista ao UOL Esporte por telefone, defendeu a CBF e afirmou que não é favorável à CPI do Futebol, para investigar as supostas irregularidades cometidas pela entidade em contratos comerciais.

“Eu, particularmente, não gosto de CPI. Porque sempre é complicado para você ver as coisas que são ditas ali se realizando efetivamente. Essa daí [do Futebol], por exemplo, vai investigar formação de quadrilha ou qualquer outra coisa em entidade privada. Não tem nada a ver com agente público ou órgão público, dinheiro dos cofres da União ou de algum Estado. Por isso que eu acho que não deveria haver”, afirmou Arantes.

O deputado é considerado, ao lado de Vicente Cândido (PT-SP), um dos líderes da bancada da bola na Câmara. Arantes rechaça o termo. “Não sou líder de bancada da bola nenhuma. Sou parlamentar, atendo aos interesses do povo. Não vou assumir uma condição que não sou”, afirmou, em tom ríspido. Entretanto, ele é o primeiro parlamentar a defender, em público, a CBF.

“Tem uma coisa que ninguém fala, mas veja o Campeonato Brasileiro da Série A, da Série B e da Série C. São competições bem feitas, muito bem organizadas pela CBF. Daqui um ano ou dois, essa organização vai chegar também à Série D, não tenho dúvida. Essas coisas precisam ser levadas em consideração também”, disse Arantes, ele está em seu sexto mandato.

Arantes ganhou notoriedade no noticiário esportivo em janeiro quando apresentou uma emenda que favorecia aos clubes de futebol que possuem dívidas milionárias com o governo federal. No texto da Medida Provisória 656, que tratava sobre isenção de impostos na importação de equipamentos utilizados para geração de energia eólica, Arantes embutiu uma proposta polêmica. Ele sugeriu o alongamento da dívida por 20 anos, com juros reduzidos, próximos à Taxa de Juros de Longo Prazo (5% ao ano), redução nas multas e nenhuma regra de responsabilidade. A presidente Dilma Rousseff vetou a proposta de Arantes, após pressão do Bom Senso FC.