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Romário não crê em CPI mista e quer reunião com Pelé para debater o futebol

Romário é o principal articulador da CPI do futebol no Senado - Ed Ferreira/Folhapress
Romário é o principal articulador da CPI do futebol no Senado Imagem: Ed Ferreira/Folhapress

Do UOL, em São Paulo

02/06/2015 16h55

Principal articulador da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investigará o futebol brasileiro no Senado, o ex-jogador Romário (PSB-RJ) diz não acreditar em uma possível ação conjunta com a Câmara dos Deputados.

“A CPI será só no senado. Está havendo um movimento para que haja uma CPI mista, mas acho que será muito difícil. A nossa ideia é ter a primeira sessão da CPI já na segunda-feira e na Câmara ainda falta muita assinatura. Além disso, aqui no senado não fomos atrás de recolher assinaturas para uma CPI mista”, explicou Romário, em entrevista à “Rádio Estadão”.

No mesmo em que o presidente da Fifa, Joseph Blatter, anunciou que renunciará ao seu cargo, Romário pediu para que Marco Polo Del Nero, tenha a mesma atitude e deixe o comando da CBF.

“Eu fico bastante feliz em saber que o corrupto-mor pediu demissão da entidade mais corrupta do nosso futebol. Eu espero que essa atitude venha aqui para o Brasil e o presidente da CBF também possa ter essa atitude e largue o cargo e o futebol. Daí a gente pode começar a melhorar o futebol”.

Questionado sobre medidas para mudar o futebol brasileiro, Romário afirmou que espera reunir jogadores de diversas épocas para pensar em soluções.

“Paralelo a essa CPI, eu tenho pensado junto com algumas pessoas, qual seria essa reformulação que poderia ser feita no futebol brasileiro. Eu gostaria de convidar alguns ex-jogadores, como Pelé, Ronaldo, Zico, Tostão, entre outros. Já liguei para alguns e todos se interessaram pela conversa. A gente que faz parte do futebol tem alguma coisa a dizer e acho que podemos tirar algum proveito dessa reunião”.

Um dos citados para a reunião é Pelé, desafeto de Romário, e que na última segunda-feira (1º) havia apoiado a reeleição de Joseph Blatter. “Uma pessoa em sã consciência não poderia falar o que o Pelé falou. Acho que ele deve ter ficado, mais uma vez, bastante arrependido. Mas não podemos esquecer que ele é o Pelé e de tudo que ele representa para o futebol. Por isso, faria esse convite (para a reunião de jogadores) com a maior honra”, completou.