Topo

Zico confirma chance de se candidatar à presidência da Fifa

Guilherme Palenzuela

Do UOL, em São Paulo

02/06/2015 19h51

O ex-jogador Zico pode ser candidato à sucessão de Joseph Blatter na presidência da Fifa. Em contato com o UOL Esporte, o ídolo do Flamengo e da seleção brasileira confirmou que estuda a possibilidade de lançar seu nome.

“Nada a ver com Platini, apesar de ele ser muito meu amigo. É uma possibilidade própria, porque agora qualquer um pode ser candidato. Antes, era impossível assim como na CBF e outras confederações e federações pelo mundo”, disse Zico em uma conversa por Whatsapp. 

Instantes depois, ele adicionou uma mensagem em seu Facebook. "Por que não? Minha vida sempre foi dentro do futebol. Uma paixão que exerci com seriedade e respeito no Brasil e em outros países. Jantando com Sandra pensei nisso. Minha mulher e meus filhos me apoiaram. Fui Ministro dos Esportes, tenho experiência com meu clube e no apoio ao Kashima, ao Japão. Penso no futebol acima da política. Não tenho apoio ainda, mas se é aberto eu posso me candidatar à Fifa. Ainda é uma ideia... Quem sabe?", disse Zico na rede social. 

Para tornar seu desejo realidade, no entanto, Zico precisará de ajuda. De acordo com o estatuto da Fifa, é necessário o apoio de pelo menos uma Confederação para que a candidatura seja validada.

Na última eleição para presidente da Fifa, que teve Joseph Blatter vencedor, a entidade definiu três regras. Foram elas: ser apoiado por uma associação nacional de futebol; receber apoio, por assinatura, de cinco associações nacionais; ter sido membro de alguma associação de futebol, ter jogado ou ter sido técnico pelo menos dois dos últimos cinco anos.

O ex-jogador atuou como dirigente em 2010, quando assumiu o cargo de diretor executivo do Flamengo, clube no qual é ídolo. A experiência, no entanto, durou apenas quatro meses. Zico culpou a pressão sofrida vinda do Conselho Fiscal, à época presidido por Leonardo Ribeiro, conhecido como Capitão Léo, por sua saída repentina. 

Além disso, Zico foi Ministro dos Esportes do governo Collor, mas se demitiu antes do escândalo que culminou no impeachment do presidente.

Zico seria uma das várias possibilidades de sucessão, que incluem de cartolas experientes a outros ex-jogadores de futebol, como o português Luis Figo e David Ginola. Só que a mudança de regra a qual se refere Zico não ocorreu, ao menos por enquanto.