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Dirigente da Fifa admite que sedes das Copas de 2018 e 2022 podem mudar

Do UOL, em São Paulo

07/06/2015 12h24Atualizada em 07/06/2015 12h31

Classificação e Jogos

Pela primeira vez desde a explosão de um escândalo de corrupção que tem chacoalhado o futebol mundial, um dirigente da Fifa admitiu neste domingo (07) que Rússia e Qatar podem perder o direito de receber as próximas Copas do Mundo (2018 e 2022, respectivamente). Em entrevista ao jornal suíço “SonntagsZeitung”, o presidente da comissão de auditoria da entidade internacional, Domenico Scala, disse que mudanças nas sedes dependem apenas de comprovação de corrupção no processo de escolha desses locais.

“Se surgirem provas de que houve corrupção na escolha de Rússia e Qatar, a eleição seria invalidada”, admitiu Scala ao jornal. “Até o momento, porém, não há evidências sobre isso”, completou.

No dia 27 de maio deste ano, operação liderada pelo FBI (polícia federal dos Estados Unidos) prendeu sete dirigentes ligados à Fifa em Zurique (Suíça), onde eles estavam hospedados para participar de congresso da entidade. Ao menos 18 cartolas já foram envolvidos nas denúncias.

A investigação motivou renúncia de Joseph Blatter, presidente da Fifa desde 1998, que foi reeleito neste ano. O suíço decidiu convocar novas eleições, mas o pleito ainda não tem data para ser realizado.

Um dos alvos da investigação é o processo de escolha de sedes da Copa do Mundo. Há denúncias sobre pagamento de propina nas candidaturas de 1998 e 2010, por exemplo, e outras edições estão sob avaliação.