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CPI do Futebol vira 'pop' e senadores batalham por mais lugares

Randolfe Rodrigues (PSol-AP) quer que CPI do Futebol dobre de tamanho - Geraldo Magela/Agência Senado
Randolfe Rodrigues (PSol-AP) quer que CPI do Futebol dobre de tamanho Imagem: Geraldo Magela/Agência Senado

Daniel Brito

Do UOL, em Brasília

09/06/2015 06h01

Como a corrupção no futebol tomou conta do noticiário político e internacional, a CPI em processo de instalação no Senado sobre o tema provoca correria entre parlamentares. Eles querem dobrar o número de membros da comissão, cuja primeira reunião oficial será no próximo dia 15.

O senador Randolfe Rodrigues (PSol-AP) quer que a CPI seja composta por 15 parlamentares, 13 membros além do presidente e relator. Hoje, porém, ela está em processo de formação por nove integrantes (sete membros).

O impasse surgiu porque este é o momento em que as bancadas estão indicando seus representantes. A bancada de apoio ao governo, composta por  PT, PDT e PP, tem direito a duas vagas. O bloco da maioria (PMDB e PSD) conta com outras duas. As outras três vagas são para aoposição (PSDB e DEM), a bancada de esquerda (PC do B, PPS, PSB e PSol) e para a bancada “União e Força” (PTB, PSV, PR e PRB).

Algumas bancadas entendem que parlamentares interessados no tema e que podem contribuir nos debates e no andamento das investigações podem ficar de fora dado o reduzido número de membros. Seria uma maneira, também, de manter-se nos holofotes, já que o assunto tem grande apelo de mídia, diz respeito ao futebol, e aida está em alta no noticiário. A CPI tem a estimativa de durar até 180 dias. Ou seja, até o final do ano.

Os interessados, no entanto, esbarram na retranca armada por Romário (PSB-RJ). Ele é o autor do requerimento para instalação da CPI e já disse ter a a intenção de ocupar a relatoria, que é a função responsável por pautar a comissão.

Por ser dele o pedido de CPI, somente Romário tem poder para alterar o quórum e abrir vagas para companheiros de parlamento. O ex-jogador, no entanto, se mostra irredutível e não abre mão de manter a CPI com sete integrantes.

Ele já fez movimento semelhante na semana passada, quando deixou claro que não gostaria de compartilhar a comissão com a Câmara dos Deputados. O Baixinho entende que quanto maior o número de participantes na CPI, maior a quantidade de representantes da Bancada da Bola, com interesses semelhantes aos da CBF, contra quem o senador já declarou guerra.