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Neymar comanda torcida do banco, mas não evita vaia e olé no fim

Pedro Ivo Almeida

Do UOL, em Porto Alegre

11/06/2015 00h02

Neymar nem precisou entrar em campo para comandar a seleção brasileira no amistoso desta quarta-feira (10), contra Honduras, no Beira-Rio. Mesmo no banco de reservas, o atacante do Barcelona foi a grande atração do último jogo do time de Dunga antes da Copa América.

A presença do craque adiou as reclamações da torcida, só não conseguiu evitar as vaias no final do jogo. Incomodados com a falta de iniciativa no ataque, os torcedores ensaiaram algumas vaias e chegaram a gritar "olé" durante a troca de passes dos hondurenhos nos acréscimos.

Mas foi só. Durante o restante do jogo, muita festa. A euforia era notada nas arquibancadas do estádio do Internacional. E sempre motivada por Neymar. O cenário só foi alterado no fim.

Nem mesmo o anúncio do camisa 10 entre os reservas esfriou o público. Pelo contrário. O capitão da seleção foi o mais ovacionado durante a escalação.

O comportamento tímido nas arquibancadas durou 31 minutos – tempo que a torcida demorou para lembrar que Neymar estava ali. Com um jogo morno, os gaúchos começaram os gritos pelo craque.

Dez minutos depois, novo agito. Neymar foi chamado por Dunga e levado pela preparação física para o aquecimento. Era a senha para novos gritos.

Ao fim do primeiro tempo, com a vitória parcial simples sobre o limitado time hondurenho, novos gritos pelo craque. E ele retribuía o carinho da torcida com acenos.

Na volta do intervalo, a euforia aumentou com Neymar em campo. E mesmo com o ataque tendo um rendimento abaixo do esperado, a torcida se manifestava a cada toque na bola.

E Neymar ainda ganhou um companheiro para dividir a atenção das arquibancadas: Robinho. O jogador teve seu nome gritado diversas vezes até que, aos 24 minutos, Dunga fez a vontade da torcida.

A dupla de atacantes criados no Santos não chegou a empolgar tanto com a bola nos pés, mas fez a festa do torcedor durante boa parte do segundo tempo e cumpriu parcialmente o papel planejado por Dunga antes da viagem para a Copa América. O comportamento hostil no fim, no entanto, impediu a satisfação completa do treinador.