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Início da CPI do Futebol no Senado é adiado por falta de integrantes

Senador Romário (PSB-RJ) requiriu há mais de 15 dias a CPI do futebol no Senado - Ed Ferreira/Folhapress
Senador Romário (PSB-RJ) requiriu há mais de 15 dias a CPI do futebol no Senado Imagem: Ed Ferreira/Folhapress

Daniel Brito

Do UOL, em Brasília

15/06/2015 15h43

A CPI do Futebol no Senado vai atrasar. Estava prevista para ter início nesta segunda-feira, 15, com a reunião entre os membros oficiais (12 senadores, sendo sete titulares), e órgãos de fiscalização do governo federal como Polícia Federal, Procuradoria Geral da República, Receita, além de Casa Civil da Presidência da República e Ministério da Justiça.

Mas já se passaram mais de 15 dias desde que o requerimento feito por Romário (PSB-RJ) foi protocolado na secretaria do Senado, e nenhuma das bancadas fez a indicação oficial dos membros. Com isso, o início da CPI foi remarcado para 26 de junho. E a reunião com os membros oficiais agendada para 29 de junho. Um dos motivos pela demora na indicação dos membros pode ser a época do ano.

Romário vai se encontrar com líderes das bancadas para cobrar um posicionamento. Ele quer que até o final desta semana os nomes já tenham sido oficializados por todos. 

Os meses de junho e julho estão longe de serem os mais produtivos no parlamento. Em junho, diversos deputados e senadores do Nordeste deixam de comparecer às sessões por causa dos festejos juninos. Em algumas unidades da federação, as celebrações perduram pelo mês inteiro e os deputados e senadores aproveitam a época para promover uma agenda positiva em sua base eleitoral. Esse período é conhecido em Brasília como recesso branco, ou seja, extraoficial.

A bancada de apoio ao governo, composta por  PT, PDT e PP, tem direito a duas vagas. Zezé Perrella (PDT-MG) diz já ter sido um dos designados. O bloco da maioria (PMDB e PSD) conta com outras duas. UOL Esporte apurou que o senador João Alberto (PMDB-MA) será um dos membros. A ele recai o peso de pertencer ao grupo político da família Sarney, na qual está um dos vice-presidentes da CBF, Fernando Sarney.  PSDB e DEM têm direito a uma vaga que, segundo a assessoria da liderança tucana será de Álvaro Dias (PSDB-PR), relator da CPI do Futebol na Câmara, As outras três vagas são para a oposição (PSDB e DEM), a bancada de esquerda (PC do B, PPS, PSB e PSOL) e para a bancada "União e Força" (PTB, PSV, PR e PRB).

Outro problema enfrentado por esta CPI é o pequeno número de vagas. Como o assunto (futebol) tem um apelo muito forte, aumentou o interesse de parlamentares em figurar entre os membros. Por isso, há uma corrente que defende que a CPI tenha 15 membros titulares e não sete, como pedido por Romário. Mas a comissão só pode ganhar em tamanho se o autor do requerimento, no caso, Romário, fizer o pedido. Mas ele pretende manter com sete titulares, porque diminuiria a influência da CBF nos parlamentares.