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Agüero decide clássico travado contra Uruguai e Argentina vence a primeira

Do UOL, em São Paulo

16/06/2015 22h25Atualizada em 16/06/2015 22h48

Argentina e Uruguai fizeram clássico travado, disputado, recheado de tradição, mas ficaram devendo futebol no jogo mais esperado da Copa América até aqui. Nessa terça-feira, em La Serena, os argentinos venceram por 1 a 0 com gol decisivo de Aguero, após cruzamento de Zabaleta.

Assim, a Argentina venceu sua primeira partida na Copa América e chegou a quatro pontos no grupo B. Agora, divide a liderança com o Paraguai. Já o Uruguai fica com três pontos e vai precisar superar os paraguaios na última rodada a fase de grupos para avançar ao mata-mata. Já a Argentina pega a Jamaica, que está zerada com duas derrotas, e precisar vencer para garantir o primeiro lugar.

De volta às quatro linhas, a Argentina dominou a posse de bola em todo jogo, mas não criou muitas oportunidades de gol. Já o Uruguai apostou num sistema de forte marcação, com pressão na saída de bola argentina, e jogou por uma bola. No fim das contas, Aguero aproveitou a oportunidade que teve, enquanto Rolán perdeu gol incrível já na parte final do jogo.

A partida ainda ficou marcada pela atuação do árbitro brasileiro Sandro Meira Ricci, que tomou bronca de Mascherano e expulsou Tata Martino ainda no primeiro tempo.

Fases do jogo
O Uruguai mudou o time em relação à estreia. Jogou contra a Jamaica num 4-1-4-1, com Arévalo Rios na sobra, Lodeiro e Sanchez lado a lado, Rolan na direita e Cebolla na esquerda. Hoje se fechou num 4-2-3-1 para tentar parar Messi e companhia.

Alvaro Gonzalez entrou no lugar do Carlos Sanchez, ao lado do Arévalo Rios. Rolan pela direita, Lodeiro sozinho no centro e Cebolla na esquerda. Assim, a Argentina começou com domínio da posse de bola, tomando a iniciativa do jogo, enquanto o Uruguai apostou na pressão na saída de bola e buscou jogar no erro dos rivais.

Os argentinos quase inauguraram o marcador logo aos 9 minutos. Pastore avançou pela meia-lua e abriu na ponta direita com Di Maria, que, livre de marcação na área, chutou em cima de Muslera.

Os uruguaios descontaram em duas jogadas aéreas. Primeiro, Rolan quase acertou cabeçada e, depois, em escanteio, Godín testou para assustar Romero.
Bem marcado, Messi enfim fez boa jogada aos 24 minutos. Arrancou pela meia direita e cruzou na medida para Aguero, que cabeceoou para grande defesa de Muslera com uma só mão.

Messi voltou a aparecer bem logo depois. Livrou-se de dois marcadores, arrancou pelo meio e passou para Pastore, que bateu de canhota para defesa de Muslera.
Aos 30 minutos, Lodeiro fez falta dura em Zabaleta e tomou cartão amarelo. Tata Martino reclamou muito e foi expulso precocemente pelo árbitro brasileiro Sandro Meira Ricci.

No fim da etapa inicial, a Argentina continuou mandando na posse de bola, com aproximadamente 70%, mas o Uruguai saiu da retranca e voltou a apostar nas bolas cruzadas, grande arma dos uruguaios no primeiro tempo.

Foi o Uruguai que assustou primeiro na etapa final. Maxi Pereira deixou Rojo para trás, avançou na grande área e bateu forte e cruzado para a primeira defesa de Romero.

A Argentina voltou a dominar a posse de bola e pressionar o Uruguai, mas sem conseguir criar grandes oportunidades.

Na primeira boa chance do segundo tempo, aos 11 minutos, porém, a Argentina abriu o placar com Aguero. Pastore abriu na direita para Zabaleta, que cruzou na medida para Aguero completar de peixinho.

Aos 23 minutos, Messi fez linda jogada pela direita. Deu um corte seco em Álvaro Pereira, invadiu a área e cruzou para Di Maria no segundo pau. Mas Godín evitou o segundo tento dos argentinos.

O Uruguai enfim teve uma chance clara de gol, mas desperdiçou. Maxi Pereira chutou de fora da área com força, Romero deu rebote para o meio da área e a bola sobrou para Rolán. Sozinho, na entrada da pequena área, sem goleiro, ele bateu sobre o travessão. Incrível!

O Uruguai ainda ensaiou pressão no final,  mas a Argentina soube administrar o placar para sair com sua primeira vitória na Copa América.

O melhor: Javier Pastore - Fez a bola girar na Argentina e criou jogadas para o badalado trio ofensivo - Messi, Agüero e Di Maria. Discreto, quando não teve a bola no pé ocupou o espaço entre Arévalo Rios e Alvaro González, dois volantes do Uruguai, criando espaços para que os dois pontas agissem.

O pior: Edinson Cavani - O melhor jogador do Uruguai na teoria fica mesmo só na teoria. Último jogador do 4-2-3-1, pouco viu a bola e, na área, perdeu para o próprio companheiro Diego Rolan, que por duas vezes quase marcou de cabeça. Quando teve a chance, tentou chutes de fora da área que não passaram nem perto do alvo.

Para lembrar: O Uruguai eliminou a Argentina nos pênaltis na fase quartas de final da última Copa América, em 2011, realizada em solo argentino. Na ocasião, o goleiro uruguaio Muslera parou Messi com grandes defesas no tempo normal e transformou Tevez em “vilão” pegando pênalti decisivo