Advogada diz que Amarilla está muito mal, mas não pensa em aposentadoria
Suspenso pela Federação Paraguai de Futebol após denúncias de que teria favorecido o Boca Juniors no duelo contra o Corinthians na Libertadores de 2013, Carlos Amarilla está mal, mas não pensa em desistir da carreira. É o que conta Aida Luz Gonzalez, amiga e advogada do árbitro paraguaio.
“Ficou muito mal. É o primeiro que quer que isso se solucione. Está muito mal. O áudio está prejudicando ele. Em nenhum momento o áudio prova que meu cliente recebeu dinheiro para armar resultados. Em nenhum momento se prova isso”, disse ela em contato com o UOL Esporte.
De acordo com Gonzalez, Amarilla quer limpar o seu nome para poder voltar a apitar. “Ele não pensa em abandonar, renunciar à sua carreira. O que mais quer é limpar seu nome. É uma profissão que ama. Está há muito tempo e ama o que faz. Só pensa em se retirar quando alcançar a idade máxima alcançada pela Fifa ou quando não tiver mais condições físicas”, acrescentou.
Questionada se está preparando alguma medida judicial, a advogada afirmou que Amarilla ainda está definindo qual será seu próximo passo.
“Estou esperando a decisão dele e aí darei quais são as possibilidades. Ele está tendo reunião para decidir o que fazer. Não creio que processe diretamente a Conmebol. Uma das possibilidades é acionar na Justiça a Federação Paraguaia. Contra o Corinthians não tem possibilidade de abrirmos processo. Aqui o problema é que não o deixam trabalhar em cima de um áudio que não prova nada”, afirmou.
Gonzalez confirmou que recebeu da Federação Paraguaia o comunicado de suspensão de Amarilla, mas espera a confirmação do período da punição para que possa tomar qualquer medida. “Sim, está suspenso. O comunicado fala da suspensão, mas não há um prazo definido. E é isso que queremos saber antes de tomar uma decisão”, concluiu.
Entenda o "caso Amarilla"
No último domingo, uma conversa exibida pelo programa "La Cornisa de TV America" levantou suspeitas sobre a arbitragem de Amarilla, que teria prejudicado o Corinthians no duelo contra o Boca Juniors na Libertadores de 2013.
O diálogo em questão envolve Julio Grondona, então presidente da AFA (Associação do Futebol Argentino), que morreu em 2014, e Abel Gnecco, representante argentino no comitê de árbitros da Conmebol. Aconteceu em 17 de maio de 2013, dois dias depois do Boca eliminar o Corinthians em pleno Pacaembu.
Na conversa gravada, Gnecco relata como foi a decisão pela escolha do juiz paraguaio. Ele conta que o acordo foi feito com Carlos Alarcón, representante paraguaio na Comissão de Árbitros da Conmebol que lhe teria ligado para oferecer Amarilla para apitar o duelo válido pela Libertadores.
Na ocasião, o paraguaio Carlos Amarilla anulou um gol legal e deixou de marcar um pênalti claro para os brasileiros, além de outros dois lances duvidosos que foram apitados a favor do Boca. O jogo acabou empatado em 1 a 1, o que resultou na eliminação corintiana.
Amarilla negou ter participado do suposto esquema tramado entre Federação Argentina e Conmebol. Mas foi suspenso pela Federação Paraguai de Futebol até que seja apurada a veracidade do material revelado nas escutas telefônicas. Os dois assistentes de Amarilla no jogo, Carlos Cáceres e Rodney Aquino, também foram suspensos preventivamente.
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