CBF pede à Conmebol para que jogo entre Corinthians e Boca seja investigado
A CBF anunciou nesta quinta-feira (25) que enviou um ofício à Conmebol para que sejam apuradas as suspeitas de irregularidades na partida entre Corinthians e Boca Juniors, pelas oitavas de final da Libertadores de 2013.
"O caso é grave e precisa ser apurado. Temos um clube brasileiro que pode ter sido prejudicado e é dever da CBF defendê-lo até as últimas consequências. Temos plena confiança na Conmebol e no presidente Juan Angel Napout e temos certeza de que tudo será esclarecido", afirmou Marco Polo Del Nero, presidente da CBF, em comunicado no site oficial da entidade.
As suspeitas em relação à partida entre Corinthians e Boca Juniors tiveram início depois que foram divulgadas as escutas telefônicas envolvendo Julio Grondona, então presidente da AFA (Associação do Futebol Argentino), que morreu em 2014, e Abel Gnecco, representante argentino no comitê de árbitros da Conmebol, dois dias depois do jogo.
"Estive falando com Alarcón e ele me disse: 'Estão querendo o Amarilla aí na Argentina?'", começa Gnecco no relato a Grondona. E ele teria respondido ao paraguaio: 'Olha, se querem eu não sei, eu quero. Coloque ele e deixe de me encher o saco. Alarcón, ponha o Amarilla e deixe de me ferrar'".
Gnecco continua seu relato para Grondona, comemorando a decisão: "Bom, foi assim, ele colocou... E saiu bem porque, bem, tem de ser assim".
Depois de divulgadas as conversas, a Conmebol anunciou o afastamento do árbitro paraguaio Carlos Amarilla e dos assistentes Rodney Ubaldo Aquino Maldonao e Carlos Santiago Cáceres Zárate, que também trabalharam naquela partida, que terminou em 1 a 1 e classificou o Boca Juniors.
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