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Há 11 meses sem patrocinador master, São Paulo prevê acordo em até 90 dias

São Paulo completará, em agosto, um ano sem patrocinador master da camisa - Junior Lago/UOL
São Paulo completará, em agosto, um ano sem patrocinador master da camisa Imagem: Junior Lago/UOL

Diego Salgado

Do UOL, em São Paulo

25/06/2015 12h00

Camisa limpa, como no passado. Aos olhos dos saudosistas, não há problemas. Aos cofres, porém, essa realidade traz efeitos negativos. Sem patrocinador master há 11 meses, o São Paulo tenta reverter a situação e fechar um contrato ainda no segundo semestre deste ano. Atualmente, a diretoria tem conversas avançadas com uma empresa estrangeira e prevê um acordo em até 90 dias.

O valor do negócio ficaria entre R$ 18 milhões e R$ 22 milhões por ano, com validade até o fim de 2016. O clube se mostra confiante com a "real possibilidade", pois agora não há nenhum fator que possa atrapalhar a negociação, como já aconteceu em outras ocasiões. O São Paulo aguarda, agora, o retorno da empresa.

O clube também já acertou uma ação de marketing no valor de R$ 1 milhão, que será colocada em prática ainda para 2015. Em janeiro, a diretoria já havia fechado com a Gatorade. A empresa expõe sua marca no Facebook, Instagram, Twitter e Youtube. O contrato tem duração de quatro anos, com pagamento total de R$ 8 milhões nesse período. A Copa Airlines, por sua vez, irá desembolsar R$ 4 milhões por algumas ações de comunicação com o clube neste ano.

Com isso, o clube conseguiu evitar a segunda queda consecutiva das receitas ligadas à publicidade. A maior contribuição ocorreu com o acerto com a nova fornecedora de material esportivo. A Under Armour pagará R$ 15 milhões por ano ao clube, além de mais R$ 12 milhões em material, até 2020.

Duas quedas em cinco anos

Segundo o balanço financeiro de 2014, a arrecadação do departamento caiu 31,7%, de R$ 33 milhões (em 2013) para R$ 22,5 milhões no ano passado. O resultado está diretamente ligado à falta do patrocinador master: no fim de julho, a Semp Toshiba encerrou o contrato com o clube.

O fato já havia ocorrido em duas oportunidades desde 2010. Na ocasião, o São Paulo jogou os primeiros oito meses sem patrocinador master, depois do término do contrato com a LG. Ao fim da temporada, o balanço financeiro indicou queda de 42,9% das receitas de publicidade (de R$ 31,3 milhões em 2011 para R$ 17,9 milhões)

Em 2012, com a saída da BMG, a situação voltou à tona. Sem anunciantes para o principal espaço da camisa por oito meses, de janeiro a agosto, a queda foi ainda maior na comparação com o ano anterior: 63,6%, de R$ 30,6 milhões para R$ 11,1 milhões.

O último contrato com um patrocinador master se encerrou em agosto do ano passado. A Semp Toshiba pagava R$ 23 milhões por ano pelo espaço na camisa.  Em janeiro, o clube quase fechou com a Crefisa, mas empresa acertou com o Palmeiras.

O São Paulo também tenta fechar patrocínios para outros espaços da camisa. O clube teria conversas avançadas com uma empresa de canetas. Em maio, deu início a negociações com as empresas de táxis Easy Taxi e 99Taxis. O clube tenta conseguir um acordo de R$ 5 milhões por um ano.