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Chile e Argentina decidem Copa América por fim da fila e consagração

Chile, de Eduardo Vargas (e), e Argentina, de Lionel Messi (d), disputam título neste sábado - AP/Andre Penner e AP/Ricardo Mazalan
Chile, de Eduardo Vargas (e), e Argentina, de Lionel Messi (d), disputam título neste sábado Imagem: AP/Andre Penner e AP/Ricardo Mazalan

Pedro Ivo Almeida

Do UOL, em Santiago (Chile)

04/07/2015 06h00

Chile e Argentina decidem neste sábado, a partir das 17h, no estádio Nacional (Santiago), o título da Copa América 2015. E a vitória em uma batalha pautada por uma rivalidade histórica que extrapola os limites do campo de jogo representa muito mais que um simples título continental e a vaga garantida na Copa das Confederações, em 2017, na Rússia.

A final deste sábado simboliza para as duas equipes a chance de quebrar incômodos jejuns e consagrar gerações apontadas como as melhores da história de cada lado.

Entre os chilenos, a busca é pelo tão sonhado título que nunca veio em mais de 100 anos de disputas internacionais. Após quatro vices em torneios continentais, ageração comandada por Arturo Vidal, Valdivia, Alexis Sanchez e Eduardo Vargas acredita que a hora chegou.

Para isso, os donos da casa contarão com o apoio de uma torcida apaixonada que, após anos de uma relação de amor e ódio, abraçou a equipe e trata a decisão como o jogo mais importante da história.

“É muito especial ter a esperança de todo um país. Enfrentaremos uma grande seleção. Temos oscilações emocionais na rotina, até pelo desejo dos jogadores de ganhar a cada dia que passa. Às vezes temos de frear isso. Esperamos dar um espetáculo digno do que essa equipe está mostrando até agora. Vamos partir para cima e ser protagonistas, como temos feito”, disse o argentino Jorge Sampaoli, que comanda a seleção chilena.

A intenção é soltar o grito libertador de campeão no palco marcado por torturas da época da ditadura que dominou o país por décadas.

A esperança da torcida e a maneira como tratam esta decisão pôde ser verificada mais uma vez na véspera do jogo. Na manhã de sexta, enquanto o time realizava seu último treino, quase três mil chilenos fizeram uma grande festa na porta do CT onde a seleção está concentrada.

Do lado argentino, experiência não falta para lidar com a pressão adversária fora de casa. No entanto, um outro jejum também atinge o time de Lionel Messi, Aguero, Dí Maria, Mascherano, Pastore, Tevez e outros.

Apesar das inúmeras conquistas por seus clubes, todos os atletas da atual geração nunca conquistaram um título pela seleção principal do país. A última taça levantada pelos “Hermanos” foi a da Copa América de 1993.

“Queremos muito ganhar. Se isso não ocorrer, certamente será uma frustração”, disse o técnico Tata Martino, dando a dimensão da final para os argentinos.
“Perdemos em 2014 [final da Copa do Mundo] e temos uma outra chance em menos de um ano de conseguir, enfim, este título. Não queremos desperdiçar. Vamos manter o bom futebol que apresentamos contra o Paraguai, sempre respeitando o adversário”, completou o treinador.

A única dúvida de Martino é em relação à presença de Garay. Ainda em recuperação de uma gastroenterite, o jogador pode ceder lugar novamente a Demichelis. A definição, no entanto, só ocorrerá momentos antes da partida.

CHILE x ARGENTINA

Data e hora: 04/07/2015 (sábado), às 17h (horário de Brasília)
Local: Estádio Nacional, em Santiago (Chile)
Árbitro: Wilmar Roldan (Colômbia)
Auxiliares: Alexander Guzmán e Cristian De la Cruz (ambos da Colômbia)
Transmissão na TV: Sportv

Chile
Claudio Bravo; Mauricio Isla, Gary Medel, Francisco Silva e Beausejour; Díaz, Aránguiz, Arturo Vidal e Valdivia; Vargas e Alexis Sánchez
Técnico: Jorge Sampaoli

Argentina
Romero; Zabaleta, Garay (Demichelis), Otamendi e Rojo; Mascherano, Biglia e Pastore; Messi, Di María e Aguero
Técnico: Gerardo “Tata” Martino